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Alentejo está a crescer acima de 20% com ‘invasão’ de chineses

Até ao fim de agosto, o turismo no Alentejo cresceu acima da média nacional e nos diversos indicadores. Os chineses foram os últimos a descobrir a região.
  • HO/Reuters
9 Novembro 2017, 07h30

“Nos últimos oito meses, o turismo na região do Alentejo está a crescer acima de 20%, muito acima da média do País, que também está a crescer. E o turismo no Alentejo tem estado a crescer neste período nos diversos indicadores mais relevantes, desde o número de dormidas, que subiu 12%, mas também no indicador Rev/Par [receita por quarto disponível], na taxa de ocupação média ou nos proveitos por aposentos”, revelou Ceia da Silva, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, em declarações exclusivas ao Jornal Económico.

Ceia da Silva sublinha que, “não só estamos a ter mais turistas, como estamos a ter melhores turistas”, isto numa região de turismo do Alentejo em que “a oferta é muito dalmatizada, muito diversificada”, desde Évora a Tróia, de Nisa a Albernoa, de Mértola à Zambujeira, como observou este responsável.

No Alentejo, o principal mercado emissor de turistas continua a ser o nacional, o mercado doméstico, com 65% do total de turistas registados no primeiros oito meses deste ano.

De acordo com Ceia da Silva, em ordem decrescente de importância para a região alentejana, seguem-se os turistas de Espanha, Alemanha, Brasil, Holanda e Inglaterra.

“Nos últimos três, quatro meses, temos estado a assistir a um fenómeno principalmente localizado em Évora, em que o mercado de turistas chineses já é o quinto mais importante na cidade”, revela Ceia da Silva. O responsável pelo turismo do Alentejo e do Ribatejo acrescenta que há cerca de quatro meses, a China não entrava sequer no ‘top 30’ de mercados emissores de turistas para o Alentejo.

Ceia da Silva explica esta ‘invasão’ de chineses, principalmente em Évora, com o início da ligação direta entre a China e o aeroporto de Lisboa iniciada precisamente há cerca de quatro meses, através de três voos semanais efetuados pela Beijing Capital Airlines, uma subsidiária da Hainan Airlines, acionista indireta da TAP. As ligações aéreas em causa são entre Lisboa, Huangzhou e Pequim e poderão vir a ser reforçadas em termos de frequência se a procura assim o ditar.

“Pelo que nos estamos a aperceber, os chineses são um tipo de turistas muito específico, que pernoita uma noite em Lisboa, que não quer perder muito tempo com refeições e tenta aproveitar o máximo possível em termos de atrações turísticas, quer em Évora, quer nos arredores”, adiantou Ceia da Silva.

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