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Algodão ou sol, as alternativas ao petróleo barato?

Vários países produtores de petróleo procuram opções de diversificação das economias, para fazer frente à queda das receitas da matéria-prima. Produção de algodão e energia solar estão entre algumas opções.
23 Outubro 2017, 19h00

Ter petróleo foi, durante anos, sinónimo de riqueza e prosperidade económica, com vários países produtores a colocarem as fundações das suas economias no mercado petrolífero. No entanto, com o valor da matéria-prima próximo de metade do que tinha há pouco mais de três anos, os países têm procurado alternativas e a acelerar a diversificação produtiva.

Depois da Arábia Saudita, são agora o Azerbaijão e Singapura a procurarem o algodão e a energia solar como alternativa ao petróleo. Segundo a agência Bloomberg, Singapura estará a estudar o investimento em tecnologias relacionadas com energia solar e armazenamento de eletricidade na tentativa de compensar a queda nas receitas da comercialização de petróleo na Ásia.

A cidade estará a testar projetos de energia flutuante nos reservatórios, uma tecnologia que poderia ajudar a energia solar a cobrir até um quarto das necessidades de eletricidade até 2025, segundo anunciou o vice-primeiro ministro, Teo Chee Hean, esta segunda-feira, no discurso inaugural da Semana Internacional da Energia de Singapura.

No caso do Azerbaijão, o foco é a produção de algodão. A exportação de fibras poderá trazer receitas importantes para o país, que tem sido penalizado pela queda de receitas fiscais do petróleo nos últimos anos. Para já, está longe de compensar as perdas e o petróleo bruto ainda representa quase um terço do PIB do país, segundo dados da Bloomberg.

No entanto, o presidente Ilham Aliyev está a aposta no investimento na produção de algodão, incluindo com a importação de equipamentos agrícolas. Além disso, o governo azerbaijão está a transformar campos em terras aráveis e a oferecer incentivos para produzir a matéria-prima para a indústria têxtil.

A par das medidas de promoção do algodão, o executivo está também a apostar no turismo e reviver a produção de seda e tabaco, que foram fontes de rendimento muito importantes no passado do país.

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