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Alívio nas tensões comerciais e atuação dos bancos centrais dão otimismo a Wall Street

Na economia norte-americana, as vendas a retalho em agosto cresceram 0,4%, acima do esperado pelos economistas inquiridos pela Reuters, que apontavam para uma expansão de 0,2%. Esta evolução explicou-se pelo consumo na indústria automóvel, materiais de construção, na saúde e ainda no lazer.
  • Crash de 25% em Wall Street
13 Setembro 2019, 14h33

Os principais índices norte-americanos abriram no ‘verde’ em Wall Street com os investidores a revelarem algum otimismo devido ao alívio das tensões comerciais, assim como pela atuação dos bancos centrais para estimular a economia. Nos Estados Unidos, os dados sobre as vendas do retalho também estão a impulsionar os mercados.

O Nasdaq abriu a sessão com uma perda ligeira de 0,02% para 7.941 pontos, o S&P 500 iniciou a negociação com uma valorização de 0,17% para 3.019 pontos enquanto o Dow Jones liderava os ganhos na abertura com uma subida de 0,27% para 27.260 pontos.

Esta quinta-feira, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou um pacote de medidas monetárias acomodatícias. Além de um corte de dez pontos base da taxa de juro de depósito para -0,50%, o presidente do BCE anunciou também um novo programa de compra líquida de ativos sem prazo final, no valor de 20 mil milhões de euros por mês, assim como um novo programa de empréstimos baratos para a banca (TLTRO III).

“Depois do BCE ter descido a taxa de depósitos e avançado com um novo programa de compra de ativos, espera-se que a Fed baixe as taxas no próximo dia 18. Adicionalmente, as vendas a retalho nos EUA mostraram um ganho de momentum, dando boas indicações para o consumo. Na frente empresarial, a Broadcom desilude ao manter as fracas projeções de receitas para o ano fiscal. Apple, que viu o Goldman Sachs descer o preço-alvo, estava a reagir negativamente”, de acordo com a analista de mercados Ramiro Loureiro, do Millennium bcp.

Na próxima semana, a Reserva Federal terá uma reunião de dois dias, anunciando uma decisão sobre o futuro do rumo da política monetária norte-americana. O mercado antecipa um novo corte na taxa de juro diretora.

Ainda na frente macroeconómica, destaque para o alívio o alívio das tensões comerciais entre os EUA e a China. Esta quinta-feira, em vésperas de novas rondas negociais, o presidente norte-americano, Donald Trump, acalmou o sentimento no mercado ao referir que estaria aberto a uma espécie de acordo de princípio, embora prefira um acordo mais compreensivo.

Além disso, segundo a imprensa chinesa, a China retirou tarifas a alguns produtos agrícolas e alimentares norte-americanos, nomeadamente às importações de porco e rebentos de soja.

Na economia norte-americana, as vendas a retalho em agosto cresceram 0,4%, acima do esperado pelos economistas inquiridos pela Reuters, que apontavam para uma expansão de 0,2%. Esta evolução explicou-se pelo consumo na indústria automóvel, materiais de construção, na saúde e ainda no lazer.

Entre as empresas, é de salientar a queda dos títulos da Apple. Depois de apresentar a nova gama de iPhones e o preçário para o serviço de streaming que levaram a Apple a atingir uma capitalização bolsista de um bilião de dólares, as ações da empresa fundada por Steve Jobs estão a cair 1,20%, para 220,42 dólares, com o banco Goldman Sachs a cortar o preço-alvo.

Nas matérias-primas, o preço do “ouro negro” está em alta. Em Londres, o barril de Brent, referência para o mercado europeu, está a subir 0,10%, para 60,44 dólares. Do outro lado do Atlântico, o West Texas Intermediate, referência para os EUA, avança 0,25%, para 55,23 dólares.

 

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