O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) defende que os 4,74 mil milhões de euros que a Defesa vai dispor para reequipar as Forças Armadas, até 2030, devem servir para promover a indústria e as universidades portuguesas, repor efetivos e compensar a falta de militares sentida no Exército, na Marinha e na Força Aérea.
“A falta de militares faz com que os que estão ao serviço tenham regimes de utilização muito mais intensa. Por exemplo, o Exército, que vive muito das suas missões do emprego de praças, tem uma carência de cerca de 4.000 praças neste momento e era muito importante que isso se conseguisse resolver”, disse o almirante António Silva Ribeiro, em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago). O CEMGFA refere ainda ao semanário que a Lei de Programação Militar é “excelente” e “prevê mecanismos que não têm cativações”.
Questionado sobre se o país poderia perder o direito à gestão desta vasta zona marítima caso não conseguisse ter os meios necessários ao cumprimento das suas responsabilidades nesta zona marítima alargada, António Silva Ribeiro lembrou que se trata de um direito internacional, mas frisou: “Tendo recursos no fundo do mar que são essenciais ao desenvolvimento dos países, se não tivermos capacidades para identificar os recursos – capacidades científicas e tecnológicas –, se não tivermos capacidades para os explorar, é evidente que o nosso país vai sofrer pressões extraordinárias”.
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