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Altice: conversas com potenciais compradores da fibra ótica continuam “dos dois lados do Atlântico”

A conclusão da venda da operação de fibra ótica chegou a estar prevista para o final do primeiro semestre de 2019, mas até ao momento nenhum desfecho foi anunciado.
  • Fundador do grupo Altice, Patrick Drahi, e o CEO da Altice Portugal, Alexandre Fonseca.
31 Julho 2019, 18h48

O processo de venda da rede de fibra ótica da Altice Portugal prossegue com vários possíveis compradores “dos dois lados do Atlântico”, revelou o fundador e maior acionista do grupo Altice, Patrick Drahi, em teleconferência com analistas, após a divulgação das contas trimestrais esta quarta-feira, 31 de julho.

A conclusão da venda da operação da rede chegou a estar prevista para o final do primeiro semestre de 2019, mas até ao momento nenhum desfecho foi anunciado. Ainda assim, para afastar dúvidas, Drahi afirmou: “Posso confirmar que estamos na parte final das negociações com empresas dos dois lados do Atlântico”.

Drahi escusou-se a entrar em mais detalhes sobre a operação, nomeadamente uma meta para a conclusão do negócio.

O interesse do grupo em vender o negócio da fibra ótica, tal como o Jornal Económico noticiou, foi revelado em fevereiro. A dona da Meo lançou a venda de ativos avaliados entre três e quatro mil milhões de euros, mas a operação que terá atraído o interesse de várias empresas, incluindo fundos – a Cellnex e a DST em parceria com o fundo Cube chegaram a avançar para a compra da rede de fibra ótica da telecom.

Em março, o presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, chegou a afirmar que existia “mais de uma dezena de interessados” neste processo.

Perante este cenário, Patrick Drahi salientou que a situação financeira do grupo é diferente daquela em que foi feita a venda das torres móveis em França e Portugal. Na origem da decisão de procurar vender ativos não estratégicos do grupo – tomada no final de 2017 – esteve a dimensão da dívida do grupo e os resultados operacionais menos positivos. A Altice empreendeu, então, uma estratégia de venda de ativos não estratégicos, o que levou à alienação de centros de dados na Suíça e à venda das torres móveis em Portugal e França, operação que ficou concluída em junho de 2018 por 2,5 mil milhões de euros.

Na área da fibra ótica, o grupo liderado por Patrick Drahi chegou a acordo em novembro de 2018 com um conjunto de empresas para vender o seu negócio em França. A Allianz Capital Partners em conjunto com a AXA Investment Managers e com a Omers compraram a participação minoritária de 49,99% da SFR FTTH por 1,8 mil milhões de euros, com base numa operação avaliada em 3,6 mil milhões de euros.

Esta quarta-feira, o grupo apresentou as contas relativas ao segundo trimestre de 2019. Em Portugal, a Altice registou um crescimento de 1,1% nas receitas, para 522 milhões de euros no segundo trimestre.

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