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Altice Europa dispara mais de 4,5% na bolsa de Amesterdão após venda da rede de fibra ótica à Morgan Stanley

A operação avalia o negócio da fibra ótica da Altice FTTH, empresa criada pela dona da Meo para gerir a rede de fibra ótica, em 4,63 mil milhões de euros. A operação deverá ficar concluída nos primeiro seis meses de 2020. Esta operação avalia o negócio da fibra ótica, a Altice FTTH, em 4,63 mil milhões de euros
  • Fundador do grupo Altice, Patrick Drahi, e o CEO da Altice Portugal, Alexandre Fonseca.
13 Dezembro 2019, 09h05

A Altice Europa, holding que integra a dona da Meo, dispara 4,65% para 5,58 euros na bolsa de Amesterdão esta sexta-feira, após o anúncio da venda de uma posição minoritária de 49,9% da empresa que detém a sua rede de fibra óptica em Portugal, a Altice FTTH, à Morgan Stanley Infrastructure Partners. Com esta operação, a companhia espera encaixar primeiramente 1.565 milhões de euros já em 2020.

Os investidores estão animados: a Altice cumpriu a ambição de vender o seu negócio da fibra ótica ainda em 2019, mantendo a posição maioritário, o que representará manutenção do controlo operacional do negócio por parte da operadora. A operação representa mais um passo de Patrick Drahi na consolidação da confiança do mercado no grupo que fundou e lidera, embora não tenha conseguido vender a rede de fibra pelos ambicionados cinco mil milhões de euros

A operação, que foi anunciada oficialmente na madrugada desta sexta-feira, foi avaliada no seu todo em 4,63 mil milhões de euros (acima da expectativa dos analistas) e deverá ficar concluída nos primeiro seis meses de 2020. Depois do encaixe de 1.565 milhões de euros, a Altice pode receber mais 375 milhões de euros em dezembro de 2021 e outro tanto em dezembro 2026, embora estes valores dependam de metas de performance. No final, a Altice Europe poderá encaixar 2.320 milhões de euros.

Esta não é primeira vez que a Morgan Stanley Infrastructure Partners adquire ativos da Altice. Há um ano, Morgan Stanley Infrastructure Partners finalizou a compra de 75% das torres de comunicação da Altice por 660 milhões de euros, numa operação em parceria com a Horizon Equity Partners, detida pelos antigos governantes portugueses António Pires de Lima e Sérgio Monteiro.

“Estou muito feliz que a nossa parceria com a Morgan Stanley Infrastruture Partners, iniciada no contexto da transação das torres portuguesas em 2018  continue agora com um projeto de fibra transformacional”, disse o presidente executivo da Altice, Patrick Drahi, citado em comunicado.

No mesmo comunicado, a Altice refere que a parceria com a Morgan Stanley tornará a Altice FTTH numa empresa grossista em Portugal com cobertura em todo o país e que vai agora vender os seis serviços aos operadores de telecomunicações em Portugal  com condições financeiras iguais para todos.

A Altice Portugal vai cobrir quatro milhões de lares no final de 2019 e “pretende continuar a expandir a sua rede”. A dona da Meo tem como meta chegar, até ao final de 2020, chegar a 5,3 milhões de lares portugueses, disponibilizando por fibra ótica serviços de voz fixa, internet em banda larga e televisão por subscrição.

Conforme noticiou hoje o Jornal Económico, a Morgan Stanley estava na ronda final de negociações, concorrendo contra a proposta dos espanhóis da Cellnex em consórcio com o fundo de pensões canadiano Omers Infrastructure.

Foi no final de fevereiro deste ano que a Altice abordou formalmente o mercado para vender a sua rede de fibra ótica em Portugal. Há já vários meses que a Altice estava em negociações com vários investidores.

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