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Altice processa Paulo Azevedo por “insinuações difamatórias” sobre a compra da TVI

A multinacional de telecomunicações afirma que não aceita “declarações ou insinuações difamatórias” e acusa Paulo Azevedo de estar a fazer uma “campanha pública” para servir o interesse dos concorrentes da MEO.
  • Foto cedida
24 Outubro 2017, 12h31

A Altice vai avançar com uma queixa-crime contra o CEO da Sonae, Paulo Azevedo, por ter considerado que a compra da Media Capital, dona da TVI, pela “criará condições” para haver indignação com a “descoberta de uma Operação Marquês 10 vezes maior”. A multinacional de telecomunicações afirma que não aceita “declarações ou insinuações difamatórias” e acusa Paulo Azevedo de estar a fazer uma “campanha pública” para servir o interesse dos concorrentes da empresa.

“O Grupo Altice não aceitará que terceiros façam declarações ou insinuações difamatórias relativamente a si ou à sua relação com reguladores, independentemente da posição ou poder desses terceiros”, escreve a empresa em comunicado enviado às redações. “Responsabilizaremos, como é nosso dever, quem fizer afirmações relativamente à Altice que possam, ilegitimamente, afetar os nossos negócios e a nossa reputação”.

A multinacional dá conta de que “é claro” que as declarações de Paulo Azevedo “são o culminar de uma campanha pública orquestrada contra a MEO”, que visa servir “o interesse dos concorrentes da MEO, os quais têm vastos recursos financeiros e estão presentes num número significativo de setores económicos, procurando diminuir o procedimento regulatório em curso”.

Paulo Azevedo criticou a “não decisão” da Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) sobre a compra da Media Capital pela Altice, considerando que o negócio “criará condições” para haver indignação com a “descoberta de uma Operação Marquês 10 vezes maior” e criará “condições para que possam acontecer graves danos do interesse público”.

“Acredito que esta não decisão [da ERC que empurrou a decisão para a Autoridade para a Concorrência] carece de sustentação legal, mas sinto o dever de dizer bem alto que estamos a assistir a uma tentativa de deixar passar uma operação que provocará um grave e perigoso enfraquecimento da resiliência e qualidade da nossa sociedade”, salientou Paulo Azevedo, numa declaração escrita enviada à agência Lusa.

“É fundamental que tal campanha não impeça um procedimento regulatório justo e transparente”, sublinha a empresa.

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