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Altice procura liderança na TV e diz-se “preparada para brevemente disponibilizar 5G”

São objetivos ambiciosos, mas a empresa liderada por Alexandre Fonseca acredita estar no caminho para alcançar a liderança no mercado de serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição, para disponibilizar 5G e alcançar a meta das 5,3 milhões de casas passadas com fibra ótica.
  • Rafael Marchante/Reuters
25 Março 2020, 08h17

O momento atual é o “de garantir a segurança de todos” e “garantir o funcionamento pleno dos serviços de comunicações”, mas isso não faz a Altice Portugal alterar a sua estratégia ou redefinir prioridades para 2020. Na terça-feira, a dona da Meo revelou as contas de 2019 e, em comunicado, deixou claro três objetivos a cumprir em 2020, superada “esta fase extraordinária”: alcançar a liderança no mercado de serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição; disponibilizar a quinta geração da rede móvel (5G); e alcançar a meta das 5,3 milhões de casas passadas com fibra ótica.

São três objetivos ambiciosos, mas a empresa liderada por Alexandre Fonseca acredita estar no caminho. Porquê? Primeiro. porque a Altice Portugal registou um “reforço da base de clientes”, graças ao aumento no número de serviços prestados tanto no negócio fixo como no negócio móvel. A empresa entende esse reforço como um sinal positivo do forte investimento realizado em 2019 (436 milhões de euros, sobretudo em fibra ótica). O investimento cresceu doze milhões de 2018 para 2019, fruto de uma “aposta na expansão da rede móvel 4G, transformação da rede de transporte, investimento na plataforma de televisão e em particular no reforço da Infraestrutura de fibra ótica”

“Durante 2019 foram passadas mais 425 mil novas casas com, elevando o número total para 4,9 milhões de casas passadas. A meta das 5,3 milhões de casas com Fibra está cada vez mais perto”, garante a operadora de telecomunicações no comunicado com os resultados de 2019.

No mesmo documento a Altice assegura também que “continua a dar passos sólidos no sentido da liderança na TV”. A operadora registou mais 56 mil adições líquidas em 2019, no que respeita aos serviços de TV por subscrição, traduzindo-se numa “redução de dois pontos percentuais (41,2% vs. 39,2%) para 0,5 pontos percentuais (40,1% vs. 39,6%) da diferença de quota de mercado face ao operador ainda líder [a NOS], em apenas um ano”.

Em 12 de março, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) revelou que, em 2019, cerca de 88% das famílias em Portugal tinham em casa serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição. A NOS era o prestador com a quota de subscritores mais elevada (40,1%), seguindo-se a Meo (subsidiária da Altice) (39,6%), a Vodafone (16,3%) e a Nowo, com 3,9%.

Mas em termos líquidos, a par da Vodafone, a Meo era o prestador que mais assinantes captara em 2019. A Vodafone viu a sua quota crescer 1,1 pontos percentuais e a Meo viu a sua quota crescer 0,4 pontos percentuais. No mesmo período, as quotas do Grupo Nos diminuíram 1,1 pontos percentuais e da Nowo diminuíram 0,4 pontos percentuais.

Próximo passo? 5G
O outro grande objetivo da Altice Portugal é colocar em campo o 5G, apesar de a libertação da nova tecnologia móvel em stand-by.A Anacom suspendeu por tempo indeterminado o processo de consulta pública para o leilão do 5G, que deveria iniciar-se em abril, “por motivos de força maior”. A suspensão foi pedida pelas operadoras.

Contudo, a empresa liderada por Alexandre Fonseca diz-se “preparada para, brevemente, disponibilizar tecnologia 5G”.

“Mesmo com a suspensão do processo de consulta pública sobre o projeto de regulamento do leilão 5G, acreditamos que esta nova tecnologia, em devido tempo, será um verdadeiro game changer, trazendo consigo um desafio dirigido às empresas: a transição digital”, salienta a Altice Portugal.

A empresa acrescenta que depois de ultrapassada “esta fase extraordinária”, será “o verdadeiro desafio para Portugal, e para o qual a Altice Portugal estará com certeza preparada”.

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