O fundador e principal acionista da Inditex, Amâncio Ortega, recebe esta sexta-feira dividendos da ordem dos 693 milhões de euros, o que perfaz um ganho anual de 1.386 milhões. Ortega receberá os quase 1.400 milhões em dividendos através das empresas Pontegadea Inversiones e Partler, com as quais controla 59,294% das ações da Inditex. No ano passado, Ortaga havia recebido ‘apenas’ 1.256 milhões. A fortuna do empresário está avaliada em 58 mil milhões de euros.
Já este ano, as vendas do grupo Inditex, que produz em Portugal cerca de 20% do total das suas vendas, ultrapassaram a barreira dos 12,025 mil milhões de euros no primeiro semestre (mais 3% que em período homólogo de 2017), com os lucros a ascenderem aos 1.409 milhões de euros no seu primeiro semestre fiscal (fevereiro a julho), mais 3,1 % do que há um ano.
A faturação da Inditex foi reduzida com a depreciação em relação ao euro de algumas das moedas dos países em que opera e que, se esse fator não influenciasse as contas, o aumento seria de 8%.
Na altura, o presidente da Inditex, Pablo Isla, destacou “a solidez de todas as alíneas das contas de resultados, como consequência da singularidade e do vigor do modelo de negócio integrado e sustentável integrado”. Isla foi posteriormente considerado como o gestor mais importante do mundo por um painel organizado por uma universidade britânica.
No período em referência, a Inditex abriu lojas em 44 do total de 96 países em que opera, e no final de julho tinha 7.422 estabelecimento, menos 26 do que em abril, o que reflete a política seguida de absorver lojas mais pequenas por outras de maior dimensão e em apostar nas vendas online.
Em Portugal, o grupo Inditex emprega quase sete mil colaboradores nas suas 342 lojas com as marcas de Zara (70), Zara Kids (16), Pull&Bear (51), Massimo Dutti(42), Bershka (49), Stradivarius (44), Oysho (36), Zara Home (28) e Uterque (6).
O gigante galego distribuirá este ano entre os seus acionistas mais de 2.300 milhões de euros por conta dos resultados de 2017, o que significa 0,75 euros por título, 10,3% mais do verificado no ano anterior.
Os lucros do grupo são em parte alavancados pela margem bruta do negócio – a diferença entre vendas realizadas por um produto e os custos da sua produção, com a exclusão de todos os outros custos – que, no caso das vendas no mercado doméstico, no caso o espanhol, está situada nos 56,8%. Como termo de comparação, refira-se que o El Corte Inglés gerou, para o mesmo mercado, uma margem bruta de 36,9%.
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