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Amazon vai distribuir bónus de 419,5 milhões de euros pelos seus trabalhadores

A empresa de Jeff Bezos aponta que já pagou mais de 2,5 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) no total do ano, sendo que em junho já tinha pago um bónus de 500 milhões de dólares aos seus empregados.
  • Noah Berger / Reuters
27 Novembro 2020, 14h02

A Amazon vai distribuir 500 milhões de dólares (419,5 milhões de euros) em bónus para os seus trabalhadores que continuaram a desempenhar as suas funções apesar do vírus, revela o “Business Insider” esta sexta-feira, 27 de novembro.

De acordo com a publicação, que cita comunicado da empresa, os funcionários que trabalham a tempo inteiro vão receber um bónus de 300 dólares (251,74 euros), enquanto os empregados em part-time vão receber um bónus de 150 dólares (125,85 euros) pelo Natal. A empresa de Jeff Bezos aponta que já pagou mais de 2,5 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) no total do ano, sendo que em junho já tinha pago um bónus de 500 milhões de dólares aos seus empregados.

Jeff Bezos tem sido um dos milionários que mais tem ganho com a pandemia devido ao aumento do consumo do comércio online face às restrições de vários governos. A empresa de Bezos superou as expectativas dos analistas e o lucro aumentou para 6,33 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros).

No entanto, o multimilionário tem sido duramente criticado por expor os seus funcionários a riscos desnecessários, não pagando subsídio de risco, para aumentar as suas receitas, lucros e a sua fortuna pessoal. No passado mês de outubro, segundo o “Business Insider”, a Amazon registou uma taxa de infeção de 1,44% entre os trabalhadores da linha da frente, o que corresponde a mais de 19 mil colaboradores, aos quais se acrescentam o da subsidiária Whole Foods.

Ao dia de ontem, o ex-ministro das Finanças e economista grego, Yanis Varoufakis, pediu aos consumidores mundiais para não acederem e não fazerem compras no site da Amazon na Black Friday, uma vez que é o dia mais lucrativo para o retalho. “A Amazon não é uma mera empresa nem uma mega empresa monopolista. É muito mais e muito pior do que isso. É o pilar do novo tecno-feudalismo”, disse Varoufakis num vídeo, apelando ao boicote, de forma a não aumentar a fortuna de Jeff Bezos.

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