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André Ventura desafia adversários a ceder carros e motoristas à população

Candidato do PSD a Loures considera “ultrajante que autarcas ou assessores, num concelho com os problemas de transportes como Loures, se desloquem em viaturas da câmara, com motorista.
28 Julho 2017, 11h56

É “ultrajante” que autarcas e assessores políticos se desloquem em viaturas da Câmara Municipal, num município com problemas de transportes como é o caso de Loures, defende André Ventura. O candidato do PSD à Câmara de Loures enviou uma carta aberta aos adversários em que propõe um acordo pré-eleitoral para abandonarem viaturas municipais e motoristas.

Apesar de considerar que o tempo pré-eleitoral serve para as várias candidaturas vincarem posições diferenças, André Ventura escreveu que há “assuntos demasiado urgentes para serem resolvidos no concelho de Loures e que nos exigem que saibamos colocar de parte as nossas diferenças, quer sejam ideológicas, quer sejam meramente programáticas”.

“Um dos temas que mais me preocupa no nosso concelho, e pelo que vejo das vossas intervenções públicas, a vocês também, é o problema dos transportes públicos no concelho de Loures”, continua a carta aberta dirigida a todos os candidatos à Câmara Municipal de Loures.

Propõe, por isso, um acordo pré-eleitoral por escrito que funcione independentemente do resultado das eleições autárquicas no dia 1 de outubro: “dispensar todos os veículos e motoristas atualmente ao serviço do Presidente da Câmara e dos vereadores, bem como de todo o pessoal político não eleito e dirigentes de empresas ou outros organismos municipais”.

Em alternativa, André Ventura apela a que estes meios sejam usados no transporte de idosos e doentes aos hospitais ou outras instituições públicas.

O candidato da coligação “Primeiro Loures” tem recebido atenção depois declarações polémicas sobre a comunidade cigana. Em entrevista ao jornal i, Ventura defendeu que há pessoas que “vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado” e que acham “que estão acima das regras do Estado de direito”, levantando uma onda de críticas e à perda do apoio do CDS.

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