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André Ventura fica a oito votos de aprovar nova direção do Chega, mas é forçado a terceira eleição

Presidente do Chega viu-se forçado a apresentar a lista da comissão nacional pela terceira vez no mesmo dia. Escolha de militantes recentes e descontentamento de atuais e anteriores dirigentes distritais está a dificultar a eleição da equipa que deverá dirigir o partido.
  • Nuno Veiga / Lusa
20 Setembro 2020, 19h06

A segunda versão da lista para a direção nacional do Chega apresentada por André Ventura na convenção nacional que está a decorrer em Évora ficou a oito votos de conseguir os dois terços necessários para a sua aprovação, pelo que o deputado único, fundador e presidente recém-eleito terá de submeter a votos pela terceira vez a equipa com que pretende enfrentar um ciclo eleitoral que inclui eleições regionais nos Açores, presidenciais e autárquicas.

A segunda versão da lista para a direção nacional, em que apenas foi acrescentado o nome de um vogal, Rui Paulo Sousa, obteve 219 votos a favor e 121 contra, aproximando-se da fasquia imposta pelos estatutos do partido. De manhã, na primeira votação, tudo correra bem pior ao presidente reconduzido há duas semanas, com 99,4% dos votos em eleições diretas: 183 votos a favor e 193 contra.

Entre os motivos que estão a dificultar a aprovação da equipa liderada por Ventura, que não escondeu ter ficado agastado com as ocorrências no segundo dia da convenção nacional realizada em Évora, podem estar a entrada de militantes recentes para a direção nacional, com o professor universitário Gabriel Mithá Ribeiro e o diplomata Tânger Correia, propostos para vice-presidentes, e os ex-candidatos a deputados pelo Aliança Tiago Sousa Dias e Rui Paulo Sousa, que avançam enquanto vogais. Mas também se admite dentro de partido que está em curso uma demonstração de descontentamento de atuais e anteriores dirigentes distritais do Chega motivada pelas lutas internas dentro do partido.

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