[weglot_switcher]

André Ventura garante que se demite caso Ana Gomes fique à sua frente nas presidenciais

O presidente recém-reeleito do Chega, André Ventura, considera que Ana Gomes será “a pior candidata presidencial de sempre” e diz estar confiante de que vai conseguir um resultado superior ao da antiga eurodeputada socialista.
  • Mário Cruz/Lusa
8 Setembro 2020, 09h55

O presidente recém-reeleito do Chega, André Ventura, anunciou esta terça-feira que se demitirá da liderança do partido, caso a ex-eurodeputada Ana Gomes fique à sua frente nas eleições presidenciais do próximo ano. André Ventura considera que Ana Gomes será “a pior candidata presidencial de sempre” e diz estar confiante de que vai conseguir um resultado acima da antiga eurodeputada socialista.

“A Ana Gomes vai ser a pior candidata presidencial de sempre: histérica, obcecada com os seus inimigos de estimação, amiga das minorias que vivem do nosso trabalho. Se por acaso ficasse à minha frente demitia-me de líder do Chega. Não vai acontecer”, escreveu André Ventura, na sua conta oficial no Twitter, em reação à notícia de que Ana Gomes vai juntar-se à corrida ao Palácio de Belém.

André Ventura foi o primeiro candidato a Presidente da República a reagir à confirmação oficial da candidatura da ex-eurodeputada socialista, noticiada pelo jornal “Público”. Além da mensagem publicada no Twitter, André Ventura afirmou ainda, à agência Lusa: “Numa certa metáfora, Ana Gomes é a candidata cigana destas Presidenciais. Eu sou o português comum”, referiu, sublinhando que Ana Gomes “não chegará à segunda volta” das eleições.

“Disputarei a segunda volta com Marcelo Rebelo de Sousa [atual Presidente e que só anunciará uma decisão sobre uma eventual recandidatura em novembro] e será a segunda volta mais espetacular da nossa história democrática”, previu o líder e deputado único do Chega.

A apresentação da candidatura de Ana Gomes à Presidência da República tem data marcada para a tarde de quinta-feira, em Lisboa, nas instalações da Casa de Imprensa.

A antiga embaixadora de Portugal na Indonésia, de 66 anos, que ao longo de 15 anos no Parlamento Europeu se empenhou na denúncia da corrupção em Portugal e dos negócios da empresária angolana Isabel dos Santos, contará com o apoio de figuras do PS que não ficaram convencidas com o apoio implícito que o secretário-geral socialista António Costa deu ao atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa visita à Autoeuropa.

Na corrida às presidenciais estão também a eurodeputada bloquista Marisa Matias e o militante da Iniciativa Liberal Tiago Mayan Gonçalves. O Partido Comunista Português (PCP) confirmou no domingo, durante o comício de encerramento da Festa do Avante, que avançará com uma candidatura própria, enquanto o Partido Social Democrata (PSD) aguarda pela eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.