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Anestesistas do Amadora-Sintra iniciam hoje greve de quatro dias

Anestesistas do Amadora-Sintra em greve de 20 a 24 de maio. A existência de várias irregularidades e a carência de pessoal nas urgências são alguns dos motivos avançados pelos médicos do Serviço de Anestesiologia do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra).
  • HO/Reuters
20 Maio 2019, 17h35

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) informam que o serviço de anestesiologia do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) estará em greve das 8h00 horas do dia 20 de maio, até às 20h00 horas do dia 24 de maio.

Ambos os sindicatos afirmam que “nunca desejaram esta greve e tudo fizeram para a evitar”, mas afirmam que há mais de um ano que os médicos anestesiologistas deste hospital têm alertado as entidades competentes e o conselho de administração (CA) para os problemas, que continuam por resolver. Oos médicos denunciam a “existência de várias irregularidades e de carências que afectam, com gravidade, a boa prática da sua actividade clínica e que se salientam sobretudo na actividade de urgência, embora também em outras áreas”.

Além disso, SIM e SMZS alertam para o facto de que “a grande maioria dos anestesiologistas já ultrapassou ou está quase a ultrapassar os limites máximos de trabalho suplementar anual de 150 horas”, apesar de ainda só ser Maio, e que “os médicos fazem e continuam a fazer milhares de horas extra por ano para os serviços não fecharem”.

As entidades acusam o Ministério da Saúde e o CA de serem os “responsáveis pela desorganização em que se encontram as urgências hospitalares e pela desarticulação de serviços de saúde, bem como pela saída dos profissionais médicos do SNS, não valorizados, desiludidos e exaustos”.

Entre as reivindicações, os anestesistas exigem que a equipa de urgência seja dotada sempre com quatro elementos, “todos especialistas, de modo a garantir que a actividade médica tenha lugar com a necessária segurança clínica” nos diversos blocos e unidades hospitalares.

Outras reivindicações passam pela contratação de mais especialista para, realçam os sindicatos, “cumprir escrupulosamente as recomendações da Ordem dos Médicos e do Colégio da Especialidade de Anestesiologia”, pela elaboração de um plano de resposta para situações de afluência anormal e que os horários de trabalho tenham um carácter de estabilidade e equidade.

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