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Costa: Portugal deseja mais empresas e investidores angolanos no país

O primeiro-ministro, António Costa, frisou esta terça-feira que Portugal deseja mais empresas e investidores angolanos no país, salientando que as parcerias económico-financeiras são “entre iguais”, e agradeceu o apoio político angolano às candidaturas portuguesas a lugares internacionais.
  • Reuters
18 Setembro 2018, 13h45

Palavras proferidas por António Costa após ter sido recebido no Palácio Presidencial, com honras militares, pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço.

Na sua intervenção, com cerca de 15 minutos, o líder do executivo português elogiou os progressos registados por Angola no plano da confiança económica, vincou que os investimentos angolanos são “bem-vindos” a Portugal e, no plano político, agradeceu o apoio dado por este país às bem sucedidas candidaturas de António Guterres ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas e de António Vitorino ao lugar de diretor-geral da Organização Internacional das Migrações.

“Angola é hoje um país que procura aprofundar um caminho de estabilidade, de abertura e progresso social. É um país que consolida a situação financeira e melhora a atratividade do mercado e o ambiente de negócios junto dos investidores externos”, acentuou o líder do executivo português, num discurso que antecedeu o seu encontro a sós com o Presidente da República de Angola, João Lourenço.

Uma das notas centrais do discurso do primeiro-ministro residiu nas questões da reciprocidade e da igualdade numa relação entre dois Estados soberanos, cujas sociedades estão “unidas” por “laços históricos e afetivos”.

António Costa frisou então que mais de mil empresas portuguesas de capitais mistos operam em Angola e que mais cinco mil firmas nacionais exportam para o mercado angolano – um dos dez maiores destinos de produtos nacionais.

“Não menos importante é a presença crescente de empresas e investidores angolanos no mercado português. Quero aqui deixar bem claro que Portugal continua aberto e deseja o aprofundamento da presença de Angola no país. Esta é uma parceria entre iguais, em que cada um contribui para a riqueza do outro e em que ambos beneficiam igualmente da relação”, salientou o primeiro-ministro.

Também no seu discurso, António Costa voltou a referir-se à ideia de válvula de segurança existente entre os dois países, dizendo que os portugueses procuram Angola em situações de crise no seu país, assim como os angolanos contam com Portugal nas suas conjunturas de dificuldade.

“Agradeço a forma como Angola tem acolhido os nacionais e as empresas portuguesas. Nos anos de crise profunda, quando os portugueses precisaram de uma terra para encontrar trabalho, ou poderem investir, encontraram em Angola esse destino. Também quando Angola enfrentou dificuldades as empresas portuguesas não saíram, resistiram e escolheram continuar em Angola os seus projetos”, sustentou.

No plano político, António Costa registou “o apoio incansável concedido por Angola desde a primeira hora às candidaturas portuguesas” a posições de topo em instituições internacionais, casos das de António Guterres e de António Vitorino, assim como a convergência face aos mais importantes temas da política externa.

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