O ex-CEO da fintech alemã Wirecard, Markus Braun, foi detido pelas autoridades policiais depois de se ter entregado na tarde de segunda-feira, em Munique, de acordo com a imprensa internacional.
Na segunda-feira, foi emitido um mandato contra Markus Braun, que se demitiu na passada sexta-feira, e que estava à frente da Wirecard desde 2002.
Markus Braun é suspeito de manipulação de mercado e de fraude, uma vez que terá ‘engordado’ as contas da fintech alemã para atrair investidores e clientes.
Na semana passada, após uma auditoria às contas da empresa, foi descoberto um ‘buraco’ de 1,9 mil milhões de euros, o montante com que Markus Braun terá ‘engordado’ o balancete da fintech. Ontem, a empresa disse que provavelmente o dinheiro não existe e que não representava de forma fidedigna a maior fonte de lucros da Wirecard.
O regulador alemão, o BaFin, disse que o escândalo era um “desastre completo” e uma “vergonha” para Alemanha.
As autoridades suspeitam que o antigo presidente executivo da Wirecard não atuou sozinho, tendo cometido estes crimes com outros membros da empresa. Segundo o “Finantial Times”, as autoridades locais revelaram que a antiga equipa de gestão da empresa também está a ser investigada.
O jornal britânico avança ainda que um juiz vai decidir hoje se Markus Braun fica, ou não, sob custódia.
A Wirecard é uma empresa cotada em bolsa e já perdeu cerca de 80% desde que a empresa resolveu adiar a divulgação dos resultados trimestrais na passada quinta-feira. Na sessão de ontem, a empresa desvalorizou mais de 40%, no entanto hoje está a recuperar, subindo mais de 14%. O preço da ação está, às 11h24, horário de Portugal continental, a negociar nos 16,58 euros.
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