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António Costa agradece a especialistas por “mapear decisões para o desconfinamento e para monitorização futura”

O primeiro-ministro agradeceu aos especialistas as contribuições desta segunda-feira no Infarmed, considerando que contribuem “para uma decisão política mais sustentada”.
8 Março 2021, 16h55

O primeiro-ministro, António Costa, agradeceu aos especislistas do Infarmed, esta segunda-feira, através das redes sociais por mapearem “decisões para o desconfinamento e para monitorização futura”.

“Foi apresentado no Infarmed um conjunto de critérios e uma base científica mais sólida que permitirá mapear decisões para o desconfinamento e para monitorização futura. Agradeço aos especialistas o trabalho realizado, contribuindo para uma decisão política mais sustentada”, escreveu António Costa no Twitter depois de reunião com os especialistas, Governo e partidos com representação no Parlamento.

O diferentes especialistas apresentaram sugestões para o desconfinamento e todos concordaram que este plano deveria ser estruturado consoantes cinco fases diferentes. O esquema proposto por Henrique de Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), por exemplo, passa por cinco grupos de medidas, indo das individuais às mais gravosas. O plano de Raquel Duarte, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, também sugeriu 5 fases, e prevê que “até ao nível dois haja restrição de funcionamento ou de horário de funcionamento”, sendo que atualmente o país prepara-se para passar ao nível quatro.

As propostas foram apresentadas, tal como dados relativamente à progressão da Covid-19. A informação revelada pelo Infarmed indica que Portugal tem renovado a tendência de redução no número de novos casos de Covid-19 com uma incidência de 141 casos por 100 mil habitantes, segundo André Peralta Santos da Direção-Geral da Saúde (DGS) . Os casos reduzem, mas a mobilidade aumenta, como explicou o especialista Baltazar Nunes da Escola Nacional de Saúde Pública que apontou que o país atualmente conta com uma redução de menos de 58% na mobilidade, quando antes era de 62%.

Perante os dados apresentados e sugestões de planos de desconfinamento, os partidos, na sua maioria, concordaram que estava na altura de planear o alivio das restrições. “Penso que o Governo e todos nós podemos começar a pensar em desconfinar”, referiu Maria António Almeida Santos, do Partido Socialista sublinhando que “a situação epidemiológica do país está em franca melhoria.

João Cotrim Figueiredo, presidente da Iniciativa Liberal, acredita que “Portugal está a reagir atrasado ao desconfinamento que tem de acontecer”. Por sua vez, Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, disse que o Governo tem “desperdiçado tempo” ao não planear o confinamento.

O aumento da testagem foi defendida por Moisés Ferreira, mas também por Ricardo Baptista Leite, do PSD. “Toda a população deveria poder fazer um teste semanal rápido gratuito”, afirmou Ricardo Baptista Leite. O PEV e PAN falaram na importância da reabertura das escolas e da comunicação no desconfinamento, enquanto André Ventura, presidente do Chega, propôs um plano de desconfinamento feito em duas fases, ao contrário das cinco fases sugeridas pelos especialistas do Infarmed.

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