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António Costa assegura que aposta no social “é crítica” para que “ninguém fique para trás”

O primeiro-ministro, António Costa, define a aposta da presidência portuguesa no social como “crítica” para assegurar que “ninguém fique para trás” nas mudanças que a digitalização e as alterações climáticas vão impor à economia.
  • Yves Herman/EPA via Lusa/POOL
4 Janeiro 2021, 12h00

Em entrevista à Lusa sobre a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), neste primeiro semestre de 2021, o primeiro-ministro aponta também o desenvolvimento da Europa Social como “absolutamente essencial” para “dar confiança” aos cidadãos e, dessa forma, esvaziar a agenda do populismo.

O Governo definiu a Europa Social como “o foco” e “o coração” da presidência portuguesa e espera ver aprovada na Cimeira Social marcada para maio, no Porto, uma declaração sobre o Pilar Europeu dos Direitos Sociais em que os 27 assumam que o emprego, as competências e a proteção social são elementos centrais da recuperação económica da UE.

“Este é um tema crítico porque, como temos visto, os desafios que nos são colocados pelas alterações climáticas e pela transição digital requerem um fortíssimo investimento na formação, na requalificação profissional, para que ninguém fique para trás, um fortíssimo investimento em inovação, para que as pequenas e médias empresas possam ter uma oportunidade de crescer e de se inserir nas cadeias de valor global a partir dos mercados digitais, e exigem uma proteção social sólida que assegure que ninguém é sacrificado”, afirma.

António Costa insiste que o desenvolvimento do Pilar Social, através de um plano de implementação, é “um instrumento fundamental para que todos tenham oportunidades e ninguém fique para trás” e “absolutamente essencial para dar a todos confiança nos desafios das alterações climáticas e da transição digital”.

“A falta de confiança gera medo e o medo é o que mais alimenta o populismo, portanto, reforçar o pilar social é mesmo a melhor arma que temos para combater o populismo”, afirma.

Este desenvolvimento da agenda social é apontado pelo primeiro-ministro como um de três grandes ‘dossiers’ cuja resolução o deixaria “satisfeito” no final da presidência, a par de uma recuperação económica “no terreno” e, no plano externo, de uma “tradução efetiva” da parceria com África e da abertura de uma parceria com a Índia.

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