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António Costa: “Para atingir a neutralidade carbónica em 2050 teremos que cortar 85% das emissões”

Na intervenção de abertura do debate quinzenal de hoje sobre sobre políticas ambientais e de valorização do território, o primeiro-ministro António Costa destacou o “combate às alterações climáticas” como “o grande desafio político, social e económico do século XXI”.
18 Junho 2019, 15h16

“Para atingir a neutralidade carbónica em 2050 teremos que cortar 85% das emissões”, sublinhou hoje o primeiro-ministro António Costa, na intervenção de abertura do debate quinzenal sobre políticas ambientais e de valorização do território. “E todos os setores terão que contribuir para este objetivo”, acrescentou.

Costa destacou o “combate às alterações climáticas” como “o grande desafio político, social e económico do século XXI”, salientando um conjunto de iniciativas do atual Governo. “Quisemos dar o exemplo e fomos o primeiro país do mundo, em 2016, a assumir que iríamos ser neutros em emissões de carbono no ano de 2050. E, no dia 6 de junho, fomos o primeiro país a concluir e a aprovar o roteiro para a neutralidade carbónica”.

Ao nível da descarbonização da sociedade, em reunião do Conselho de Ministros a 6 de junho, o Governo aprovou duas medidas: “O Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, através do qual é adotado o compromisso de alcançar a neutralidade carbónica em Portugal até 2050, o que se traduz num balanço neutro entre emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e o sequestro de carbono pelo uso do solo e florestas”; e “a resolução que contempla a aquisição e locação de veículos de zero emissões por parte de setor empresarial do Estado, contribuindo para a descarbonização das frotas das empresas públicas. Dá-se, assim, mais um passo no sentido de reduzir as emissões nacionais de gases com efeito de estufa entre 45% e 55% até 2030, devendo o setor dos transportes contribuir com uma redução de 40%”.

“Portugal chegará a 2030 sem centrais a carvão, com metade das emissões em relação a 2005, com 80% da eletricidade consumida de origem renovável e com um terço da mobilidade de passageiros movida a eletricidade”, garantiu hoje Costa. “Atingir a neutralidade carbónica é mesmo um grande projeto para o desenvolvimento de Portugal”, realçou, defendendo que nessa missão “não há nada a perder, há tudo a ganhar”.

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