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António Costa teve “défice de sentido de Estado”, diz Rui Rio

“Um primeiro ministro tem de ser um estadista. Um primeiro-ministro tem de ser o garante da estabilidade e não o garante da instabilidade principalmente quando gera essa instabilidade por razões de natureza partidária. As verdadeiras razões foi para perturbar, e se possível parar, a campanha eleitoral para as europeias que lhe estavam a correr particularmente mal”, disse Rui Rio.
10 Maio 2019, 19h27

O presidente do PSD, Rui Rio, disse hoje que o primeiro-ministro, António Costa, teve “défice de sentido de Estado” numa “semana política lamentável, marcada pela questão da devolução integral do tempo de serviço congelado aos professores.

“O que fica desta lamentável semana política é o défice de sentido de Estado do senhor primeiro-ministro. O primeiro-ministro não se demitiu quando morreram mais de cem pessoas nos incêndios de 2017, não se demitiu quando se soube que o Governo andou a inundar a administração pública com familiares e amigos, mas estava disponível ou queria demitir-se porque o parlamento poderia aprovar uma lei que poderia gerar um caos financeiro e vota contra a norma que evitava esse caos financeiro”, disse Rui Rio.

No Porto, numa declaração à imprensa depois de esta manhã a Assembleia da República ter rejeitado as alterações ao decreto do Governo que previam a contagem de todo o tempo de serviço congelado aos professores e uma semana depois da ameaça de demissão de António Costa, Rui Rio repetiu a consideração de que o primeiro-ministro protagonizou “uma farsa, um golpe de teatro”.

“Um primeiro ministro tem de ser um estadista. Um primeiro-ministro tem de ser o garante da estabilidade e não o garante da instabilidade principalmente quando gera essa instabilidade por razões de natureza partidária. As verdadeiras razões foi para perturbar, e se possível parar, a campanha eleitoral para as europeias que lhe estavam a correr particularmente mal”, disse Rui Rio.

Acusando António Costa de colocar os interesses do PS à frente dos interesses do país, o social-democrata apontou que “o lema do PS é primeiro a família, depois o PS e depois o país”.

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