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António Guterres pede a governo das Maldivas para libertar opositores

O exilado ex-presidente das Maldivas Mohamed Nasheed anunciou na sexta-feira à agência France Presse que vai candidatar-se à presidência, horas depois de o Supremo Tribunal ter anulado a sua condenação por terrorismo a 13 anos de prisão.
  • Rafael Marchante/Reuters
3 Fevereiro 2018, 14h54

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou na noite de sexta-feira para hoje ao governo das Maldivas para “respeitar a importante decisão do Supremo Tribunal” que ordena a libertação de opositores.

Num comunicado, Guterres considera que “a procura de uma solução para o impasse político nas Maldivas” passa por “discussões entre todas as partes” que as Nações Unidas estão “prontas a facilitar”. Entretanto, o secretário-geral das Nações Unidas pede “contenção” a todas as partes.

O exilado ex-presidente das Maldivas Mohamed Nasheed anunciou na sexta-feira à agência France Presse que vai candidatar-se à presidência, horas depois de o Supremo Tribunal ter anulado a sua condenação por terrorismo a 13 anos de prisão.

A mais alta instância judicial do arquipélago considerou na quinta-feira que as condenações de altos responsáveis políticos da oposição, ocorridas no quadro da campanha de repressão do poder dominante, eram de “natureza contestável e politicamente motivada”, ordenando que esses julgamentos fossem anulados e realizados novos julgamentos.

A intervenção do Supremo Tribunal representa um revés para o presidente Abdulla Yameen e abre caminho ao regresso ao território do seu grande rival Nasheed, que venceu em circunstâncias controversas em 2013.

Na sexta-feira a tensão voltou às Maldivas com centenas de pessoas a concentrarem-se em Male, a capital, para pedir ao governo deste país insular do Índico o cumprimento da ordem do Supremo Tribunal para a libertação de nove presos políticos. Duas pessoas foram presas em confrontos com a polícia, que recorreu a gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.

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