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António Ramalho apresentou a nova imagem aos quadros do Novo Banco

“A marca nunca é um ajuste de contas com o passado, é sim um compromisso com o futuro”, disse o CEO aos seus colaboradores reunidos na arena do Campo Pequeno.
22 Outubro 2021, 22h46

Sete anos, dois meses e 18 dias depois de ter nascido o Novo Banco na sequência da Resolução do Banco Espírito Santo (BES), António Ramalho lançou a nova imagem, que coincide com a nova fase lucrativa de um banco que arrastou um legado de ativos problemáticos e, consequentemente, de perdas, boa parte delas cobertas pelo mecanismo de capitalização contingente do Fundo de Resolução.

Para lançar a nova imagem do Novo Banco, a instituição liderada por António Ramalho reservou o Campo Pequeno para reunir os quadros do banco e alguns convidados para assistir à fénix renascida: a nova imagem. O Novo Banco saiu do “verde futuro” que vinha do BES para uma cor turquesa, também chamada de verde coral.

“É altura de transformar esta marca, numa marca com conteúdo”, disse o CEO, lembrando que a marca Novo Banco foi decidida pelo Banco de Portugal a 3 de agosto de 2014 para designar um banco de transição e como tal tinha tudo para ser provisória. António Ramalho fez questão de frisar que o Novo Banco deixava de ser uma marca branca e passava a ser uma marca de futuro.

“Desafiámos o impossível e sempre o improvável”, disse o banqueiro num palco de luzes e música. “Quando em 2017 começámos a estudar a marca, 55% dos nossos clientes achava que esta marca nos ligava ao passado, 48% dos clientes afluentes [elevado património] achava que a marca não dava confiança, 44% dos não clientes-empresas achava que nunca mais voltaria a trabalhar com o Novo Banco, alguns quiseram logo mudar de marca. Houve quem quisesse até apropriar a marca Best, mas resistimos. Não se muda de marca como se muda de fato”, disse o presidente executivo do Novo Banco.

António Ramalho lembrou que a vida do banco desde 2017 “não foi fácil”. “Capitalizámos um banco através de um contrato que de repente parecia que não tinha autoria; fomos escrutinados ao detalhe; fomos alvo de alguma incompreensão e desconfiança”, disse o banqueiro que contabiliza em “2.636 dias após a Resolução” e em “1.463 dias depois da venda [ao Lone Star]”.

“A marca nunca é um ajuste de contas com o passado, é sim um compromisso com o futuro”, disse o CEO aos seus colaboradores reunidos na arena do Campo Pequeno. “Não é apenas um cor, é uma identidade e uma escala de valores”, disse ainda.

O CEO do banco referiu que “queremos parceiros para construir uma relação próxima”. As parcerias são uma aposta da administração do Novo Banco no novo plano estratégico que a instituição irá apresentar até ao fim do ano. “A banca de parcerias” chamou-lhe António Ramalho por contraponto à banca tradicional.

A equipa do digital do Novo Banco está já a trabalhar para que a app e o site adotem o novo layout que oficialmente nasce na próxima segunda-feira no balcão master da Avenida da República.

“Somos um banco que sabe como ninguém o custo do risco”, referiu ainda o CEO que prometeu um sistema automático de resposta eficiente nesta área.

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