O presidente do banco falou da proposta de troca de obrigações inerente ao acordo de venda – LME (liability management exercise). “Os investidores terão de avaliar os ganhos de trocar títulos de dívida de um banco de transição por obrigações de um banco com futuro e continuidade”. António Ramalho lembrou que essa é uma troca segura em termos de risco.
Do leque de obrigacionistas cujo valor soma 3,2 mil milhões de euros, 1,7 mil milhões são obrigações de maturidades mais curtas (2022) e o resto são a muito longo prazo, algumas até 2050 (algumas com cupão zero).
Sobre o Novo Banco Ásia cuja venda de 90% por 175 milhões ainda não foi fechada por ausência das necessárias autorizações regulamentares, António Ramalho disse que não estava contabilizada nas contas de 2016, excepto o sinal da venda que não é significativo.
A seguradora GNB Vida tem um goodwill de 135 milhões de euros que integra o montante de provisões para outros ativos e contingências apresentado (259,9 milhões), revelou.
A seguradora está em processo de venda que o CEO do banco quer ver fechado até ao fim do ano.
“Já fizemos a selecção da instituição que vai assessorar a venda e estamos juntamente com ela a preparar o data room para iniciar o processo de venda que queremos ver realizado durante o ano de 2017″, explicou.
Nas notas finais da apresentação de resultados, o CEO do Novo Banco destacou os valores do crédito vencido (NPLs). “Começa a notar-se o fim de um ciclo. Pela primeira vez, verifica-se uma redução de NPLs, uma descida de cerca de mil milhões. Indicia-nos claramente que vamos na direção correta em NPLs, que tanto afetaram o banco”.
Questionado sobre o processo de venda do banco ao qual preside, António Ramalho reforçou a ideia de que “está otimista”, referindo que sempre esteve, quer antes das propostas existirem e quer depois de ser apresentado o principal comprador. Segundo o CEO do Novo Banco, sem precisar datas, o negócio acontecerá seguramente por volta do verão, como foi anunciado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, esta manhã, e como foi revelado pelo secretário de Estado em entrevista ao Jornal Económico na passada sexta-feira.
No que se refere ao Side Bank, ou seja, os ativos não estratégicos do Grupo Novo Banco, o seu valor era de 8.737 milhões, líquido de provisões, em 31 de dezembro de 2016 (10.843 milhões a 31 de dezembro de 2015).
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