[weglot_switcher]

António Ramalho: “Vamos duplicar a redução de malparado até ao fim do ano”

O Novo Banco “tem um legado que está a ser resolvido”, diz o CEO a propósito do prejuízo de 419,6 milhões no 3º trimestre. O banco reduziu até setembro 1,6 mil milhões o malparado, mas “o banco vai vender até ao fim do ano uma carteira de 1,7 mil milhões de euros de crédito NPL, pelo que vamos dobrar a redução de malparado até ao fim do ano”, disse António Ramalho.
  • Cristina Bernardo
30 Novembro 2018, 18h19

O presidente do Novo Banco, em declarações ao Jornal Económico, a propósito da publicação dos resultados do terceiro trimestre em que o banco praticamente manteve o prejuízo, ao registar um resultado de -419,6 milhões, que compara com um prejuízo de 419,2 milhões no período homólogo do ano anterior, explica que o banco “tem um legado que está a ser resolvido”.

“A atividade corrente do banco está a correr bem, mas há um legado que está a ser resolvido”, disse o CEO do banco.

António Ramalho respondeu ainda à evolução da qualidade da carteira de crédito. A carteira de crédito malparado (NPL – non-performing loans) desce 380 pontos base para um rácio de 27,7%, ou seja menos 1,6 mil milhões de euros.

Mas “o banco vai vender até ao fim do ano uma carteira de 1,7 mil milhões de euros de crédito NPL, pelo que vamos dobrar a redução de malparado até ao fim do ano”.

O stock de non performing loans evoluiu de 10,1 mil milhões em setembro de 2017 para 8,5 mil milhões em setembro de 2018 (redução de 1,6 mil milhões de euros).

O rácio de NPLs (non-performing loans) situou-se nos 27,7% (-3,8 pontos percentuais face a setembro de 2017) devido à continuada redução do crédito não produtivo, com o rácio de cobertura a atingir os 63,5% (+11,6 pontos percentuais face ao período homólogo).

A redução observada no crédito a empresas (-1,59 mil milhões de euros) “teve especial incidência no crédito não produtivo/non performing loans (-1,6 mil milhões)”, explica o banco. Em 30 de setembro de 2018, o crédito a empresas caiu -7,7% em termos de variação homóloga, a representatividade do crédito a empresas no total da carteira era de 62,5%.

O rácio de NPLs líquido de imparidades desceu de 18,1% em setembro de 2017 para 12,3%, uma redução de cerca de 5,8 pontos percentuais.

Nos primeiros nove meses de 2018, as imparidades ascenderam a 456,2 milhões que comparam com o registo de 563,2 milhões no período homólogo, sendo que a imparidade para crédito totalizou 232,6 milhões de euros face a 347,7 milhões apurados no período homólogo; enquanto as outras provisões, no valor de 208,4 milhões incluem o impacto relativo à assinatura do contrato-promessa para a venda de uma carteira de ativos imobiliários (Projeto Viriato), explicou ainda o banco em comunicado.

(atualizada)

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.