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António Rios Amorim: “Queremos chegar aos 60 a 65 milhões nos espirituosos”

As rolhas vão continuar a ser o ‘core’ da Corticeira Amorim. Depois da aquisição de duas empresas – uma delas na Suécia – o grupo quer crescer num nicho que tem muita margem: as bebidas espirituosas.
10 Janeiro 2020, 10h00

Numa altura em que comemora 150 anos de existência, o grupo Corticeira Amorim está a lançar “as bases para os próximos 150 anos”, disse o CEO, António Rios Amorim. Além do crescimento da faturação e da margem de negócio, que irá processar-se ao longo do exercício que agora começa e que culmina uma fase que o mercado sabia que iria ser mais difícil, o grupo vai concentra-se nos diversos segmentos ‘core’.

Desengane-se quem acharia que as rolhas são um negócio do passado: em entrevista ao Jornal Económico, Rios Amorim afirma que as rolhas vão continuar a ter um peso da ordem dos mais de 70% da faturação, como sucede neste momento. Paralelamente, as novas áreas – onde avulta a produção de materiais que se encontram num número crescente de setores – vão incorporar cada vez mais investigação e inovação, que em muitos casos toma contornos de racional de negócio com o contributo de parcerias que permitem o desenvolvimento de novos nichos de mercado.

É nesse quadro, onde o I&D prepondera, que a Corticeira Amorim assume uma outra caraterística (que só é nova para os mais distraídos): a de lançamento de spin-offs que vão preencher novas necessidades, inexistentes há ainda bem pouco tempo.

As rolhas para as bebidas espirituosas são um dos nichos de mercado em desenvolvimento. Quanto podem valer no portefólio da Corticeira Amorim?
Neste momento valem cerca de 40 milhões de euros e ambicionamos ter um crescimento nesta área de 10% ao ano. A perspetiva é chegarmos aos 60 a 65 milhões de euros – é uma ambição para os próximos quatro a cinco anos. Já fizemos alguns investimentos a montante: comprámos duas empresas de capsulas de madeira – uma em Portugal outra na Suécia – para podermos suportar o nosso investimento na área. Neste segmento, a rolha é um utilitário; o produto de valor acrescentado é o que se coloca em cima da rolha. Acreditamos que temos de estar envolvidos no que acrescenta valor, no caso a cápsula – daí o investimento já realizado.

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