A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) acusou esta terça-feira o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) de recusar a mediação e de “impor à cabeça” o resultado desse processo.
O porta-voz da associação patronal, André Matias de Almeida, afirmou aos jornalistas que os representantes destes trabalhadores pretendem “impor” aumentos salariais no subsídio e na remuneração do trabalho suplementar e o pagamento de horas suplementares. “Não é assim que os processos se passam”, realçou esta noite aos meios de comunicação social, à saída da reunião no Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
A Antram, que se manifestou disponível para ouvir as “reivindicações legítimas” do SNMMP (dentro do suportável pelas empresas de transporte) diz que negar a mediação “é algo que prejudicará os trabalhadores”. “Não colocámos qualquer tipo de restrição à mediação. É nesse processo que tudo deve ser encontrado e discutido. A greve foi desconvocada para haver mediação”, lembrou André Matias de Almeida.
O porta-voz da associação patronal sublinhou que os patrões estavam dispostos a assinar um acordo hoje, mas não foi possível devido à mudança de posição dos motoristas de matérias perigosas. As declarações surgem depois de, na segunda-feira, o SNMMP ter referido que a paralisação de sete dias terminou sem ter produzido “ainda” os resultados pretendidos e considerou que, apesar dos avanços alcançados, “as bases” para a negociação “ainda estão longe” do necessário.
“O Governo anunciou estar aberto o caminho para uma nova ronda negocial, à qual não vamos virar costas”, explicou o sindicato de Pedro Pardal Henriques, considerando que “ficou claro” que o ponto de partida da mediação encontra-se “acima” daquele que se verificava antes da greve. Já a Antram, bem como o primeiro-ministro, António Costa, congratularam-se com a desconvocação da greve.
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