“Levantem a greve e reunimo-nos sexta-feira”. Antram pede fim da greve para retomar negociações

A Antram pediu esta quinta-feira o fim da paralisação para retomar as negociações com Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, de acordo com comunicado remetido aos órgãos de comunicação social.

Em comunicado, a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias apelou ao fim da greve para iniciar um novo processo de negociações, após o SNMMP ter solicitado a mediação do Governo neste conflito laboral.

“Levantem a greve e reunimo-nos amanhã [sexta-feira]”, lê-se no comunicado enviado à agência Lusa pelo advogado da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), reiterando que “não é por responsabilidade da Antram que esta greve existe”.

A associação patronal salientou, assim, aquilo que vem dizendo publicamente, que “negoceia desde que a greve seja levantada”, relembrando que o mecanismo de mediação que o Governo propôs às partes envolvidas no conflito na semana anterior à greve foi “liminarmente” rejeitado pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

Existe a possibilidade do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas reunir esta sexta-feira com a Antram apesar de se tratarem de reuniões bi-partidas, realçou  Francisco São Bento, presidente do SNMMP à imprensa.

Este dirigente sindical dirigiu-se aos jornalistas esta quinta-feira realçando que existe a possibilidade de realizar-se um encontro na DGERT, apesar das primeiras abordagens não serem diretamente entre o SNMMP e a Antram mas sim entre o Governo e os patrões.

De resto, Francisco São Bento mencionou mesmo a possibilidade do SNMMP poderem avançar com cedências no decurso dessas negociações.

O Governo vai nomear um mediador e contactar a Antram já esta sexta-feira no sentido de moderar o conflito entre Antram e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, de acordo com informação prestada por Miguel Cabrita, Secretário de Estado do Emprego.

Este governante realçou que este instrumento de mediação está previsto no Código do Trabalho mas que o Executivo já tinha proposta esta mediação a três dias da greve ter início. “Vamos cumprir o nosso papel de aproximar as partes”, garantiu o Governo mas Miguel Cabrita realçou que “em contexto de greve, é difícil negociar”.

“Estes pedidos são mais válidos quando existem condições para dialogar e não quando existem situações de conflito como a greve em curso”, assinalou o Secretário de Estado do Emprego.