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Ao quarto dia, Wall Street aliviou a pressão da possível guerra comercial

Principais praças norte-americanas abriram esta quinta-feira com ganhos, impulsionadas por dados económicos. As bolsas aliviam assim a pressão relacionada com o aumento das taxas alfandegárias nos EUA.
  • Brendan McDermid / Reuters
15 Março 2018, 14h53

Wall Street abriu com ganhos ligeiros, após três sessões de perdas devido ao anúncio de que os EUA iriam aumentar as taxas alfandegárias à importação de aço e alumínio e aos receios sobre uma guerra comercial com a China. Esta quinta-feira, as principais bolsas norte-americanas focaram nos dados económicos e começaram a aliviar a pressão.

Os mercados encontraram suporte nos dados do desemprego semanais, que caíram em comparação com a semana passada, reforçando a perspetiva de robustez do mercado de trabalho. Também foram conhecidos esta quinta-feira dados dos preços das importações em fevereiro, que deverão sustentam uma subida gradual da inflação.

O índice industrial Dow Jones ganha 0,37% para 24.848,55 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 sobe 0,12% para 2.752,75 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,03 para 7.494,93 pontos.

Entre as cotadas mais penalizadas pela perspetiva de uma guerra comercial, a Caterpillar (0,78%) e a General Electric (1,09%), levando o índice S&P Industrial a avançar 0,15%. As ações da Boeing continuam, no entanto, a desvalorizar 1,56% para 325 dólares, acumulando já uma perda de 8,8% desde o início do mês.

No mercado cambial, a moeda norte-americana aprecia-se contra o euro pela segunda sessão consecutiva. Na abertura das bolsas, 0,19% para 1,234 dólares. As yields das Treasuries a 10 anos recuam para 2,80%.

Os mercados norte-americanos têm sido penalizados pela tentativa de Donald Trump de impor tarifas de cerca de 60 mil milhões de dólares à importações chinesas. O gigante asiático já reagiu, com o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lu Kang, a afirmar não têm interesse numa guerra comercial, mas que vão proteger os seus direitos.

“O problema é que esse tipo de retórica cria incertezas nos mercados”, explicou Peter Cardillo, economista-chefe do First Standard Financial, em declarações à agência Reuters. “Provavelmente vamos continuar a escorregar para dentro e fora da coluna negativa durante a maior parte do dia. Talvez possamos ter uma sessão média com tendência ascendente”, acrescentou.

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