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APEMIP defende que problemas habitacionais exigem medidas no arrendamento urbano

“Os incentivos a este mercado, que passam por medidas como a existência de benefícios fiscais aos proprietários que coloquem as suas casas no arrendamento a preços acessíveis ou pela criação de um seguro de renda, têm que ver a luz do dia”, apela a APEMIP, liderada por Luís Lima.
  • Presidente da APEMIP, Luís Lima
5 Outubro 2018, 16h16

O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Carvalho Lima, reforça que “tem vindo a alertar, há mais de um ano, para as dificuldades que os jovens e famílias portuguesas encontram para viver em Lisboa.

“Estando hoje no limbo do ‘nem-nem’: nem têm condições para comprar, nem têm condições para arrendar, fenómeno que foi aliás destacado no seu discurso de ontem, 4 de outubro, no âmbito da abertura da cerimónia da Gala do Encontro de Outono da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP)”, diz hoje em comunicado a associação.

Isto na sequência do discurso  do Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, durante as comemorações do 5 de outubro, onde realçou o problema habitacional que a capital vive atualmente.

Luís Lima diz que “o problema habitacional é motivado pelos elevados preços que se praticam na oferta para compra e venda, e sobretudo no arrendamento que continua a não ser alternativa para os nossos jovens e famílias. Há um problema de stock imobiliário, mas há um ainda maior, que são os constantes entraves à dinamização do arrendamento habitacional”.

“Os incentivos a este mercado, que passam por medidas como a existência de benefícios fiscais aos proprietários que coloquem as suas casas no arrendamento a preços acessíveis ou pela criação de um seguro de renda, têm que ver a luz do dia”, apela a APEMIP.

E, dizem, “se não forem devidamente aprovados e aplicados, é garantido que as dificuldades habitacionais que hoje existem vão aumentar ainda mais”, declara Luís Lima, que diz ainda que “quem impedir esta dinamização, terá que
assumir as responsabilidades de colocar os interesses políticos acima dos interesses dos jovens e famílias portugueses”.

Esta semana Luís Lima tinha realçado que “estamos num ciclo vicioso. Há pouca oferta e muita procura, que faz com que o valor das casas suba e deixe de estar ao alcance das famílias. Para atenuar os problemas habitacionais, seria necessário introduzir no mercado cerca de 70 mil casas novas. Destas, mais de metade deveriam aparecer em Lisboa e Porto, onde se concentra mais de 50% da procura”, disse o presidente da APEMIP.

 

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