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Apesar da pressão de Donald Trump, Huawei celebrou 46 contratos comerciais para 5G

Tecnológica chinesa, fabricante de telemóveis e fornecedora de componentes para infraestruturas de telecomunicações, estima que os ganhos provenientes do 5G em todo o mundo vão chegar aos 225 mil milhões de euros em 2025.
17 Junho 2019, 17h09

No mesmo dia em que foi noticiado que o fundador da Huawei, Ren Zhengfei, admitiu uma quebra de receitas em 26.760 milhões de euros, face à pressão dos Estados Unidos da América, que acusa a tecnológica de ser instrumento de espionagem do Estado chinês, a empresa divulgou, esta segunda-feira, 17 de junho, já ter celebrado 46 contratos comerciais de 5G “com operadores de todo o mundo”, tendo implementado já “mais de cem mil estações base 5G”.

Em comunicado, o vice-presidente da Huawei para a Europa, Abraham Liu, fez saber que os contratos já celebrados estão em linha com o plano de colaboração com a União Europeia, apresentado em 21 maio, em Bruxelas, e que tal permitirá que os “ganhos provenientes do 5G em todo o mundo cheguem a 225 mil milhões de euros”.

“No próximo ano [2020], iremos observar a implementação de uma nova geração de redes de comunicações móveis 5G, que têm um grande potencial para mudar as nossas vidas para melhor. Espera-se que, em 2025, os ganhos provenientes do 5G em todo o mundo cheguem a 225.000 milhões de euros”. Vice-presidente da Huawei para a Europa, Abraham Liu, em comunicado

Além do impacto financeiro estimado pela tecnológica chinesa, a implementação da quinta geração móvel permitirá, através da chamada Internet das Coisas, que “cerca de 100 milhões de dispositivos estejam conectados em 2024”.

“Os benefícios da introdução do 5G em áreas como o setor automóvel, saúde, transportes ou energia, podem chegar aos 114.000 milhões de euros ao ano”. Vice-presidente da Huawei para a Europa, Abraham Liu, em comunicado

A divulgação destes números pela Huawei servirá para promover uma influência positiva da empresa chinesa, que também tem acordos com empresas de telecomunicações a operar em Portugal, e, por isso, no documento enviado às redações pode ler-se que  há um compromisso financeiro da huawei com a Europa.

“São exemplos os casos do Reino Unido ou França. No Reino Unido, segundo um estudo independente da consultora Oxford Economics, a empresa contribuiu para a criação de 26 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Em 2012, a Huawei anunciou um investimento de 1,3 mil milhões de libras no Reino Unido durante cinco anos. Passados esses cinco anos, a empresa superou esse valor em quase 900 milhões de libras”, lê-se.

Já em França, “a empresa anunciou que investirá 35 milhões de euros no OpenLab de Paris [plataforma de especialistas da Huawei aberta em abril de 2018] durante os próximos cinco anos, procurando construir um ecossistema digital mais sólido no país”.

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