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Apple exige fim da instalação nos Iphones de aplicações que espiam utilizador

As condições de utilização da App Store, a loja online da Apple, “exige que as apps solicitem a autorização dos utilizadores e lhes digam de forma clara e visível quando registam, carregam ou conservam, de uma maneira ou outra, a atividade do utilizador”, indicou a gigante tecnológica.
  • REUTERS/Regis Duvignau
9 Fevereiro 2019, 12h24

A Apple exigiu aos autores de aplicações que deixem de utilizar os sistemas que registam a atividade dos utilizadores de iPhone, sob pena de os retirar da sua loja em linha, noticiou na sexta-feira o sítio TechCrunch.

As condições de utilização da App Store, a loja online da Apple, “exige que as apps solicitem a autorização dos utilizadores e lhes digam de forma clara e visível quando registam, carregam ou conservam, de uma maneira ou outra, a atividade do utilizador”, indicou a Apple, segundo uma declaração citada pela revista em linha especializada nas tecnologias.

Se os autores dos programas informáticos não pararem com estas práticas ou não advertirem os utilizadores, as suas aplicações vão ser retiradas da App Store, acrescentou o fabricante do iPhone, que se apresenta regularmente em paladino da proteção dos dados pessoais e critica as práticas de outras empresas tecnológicas, como a Facebook.

Contactada pela AFP, a Apple não respondeu.

Segundo a TechCrunch, algumas aplicações registam por sua iniciativa a atividade dos utilizadores. Esta revista dá os exemplos da empresa de viagens Expedia ou da cadeia de vestuário Hollister, que não pedem qualquer autorização aos consumidores dos seus serviços.

“Mesmo que os dados sensíveis são mascarados, alguns, como números de passaporte ou de cartões bancários, foram objeto de fugas”, assegurou a TechCrunch.

De forma concreta, as ‘apps’ utilizam um código informático criado por uma sociedade chamada Glassbox, que capta a atividade do utilizador que utiliza a aplicação.

Na semana passada, a Apple tinha-se indignado contra a Facebook, depois da revelação de esta empresa da conhecida rede social tinha pago a particulares para utilizarem uma aplicação profissional que analisa a atividade dos utilizadores, entre os quais jovens adolescentes.

A Facebook tinha respondido que não escondeu nada aos utilizadores participantes, mas a Apple considerou que isto infringia o seu acordo, uma vez que esta utilização, utilizável no iPhone, só deveria ser internamente na Facebook.

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