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Aproximação de resultados dos CTT penaliza bolsa. Europa em queda

A globalidade das praças europeias fecha em baixa nesta terça-feira. Lisboa fechou ligeiramente negativa. As ações dos CTT, Jerónimo Martins e Corticeira Amorim destacaram-se pela negativa. As ações da Navigator, Semapa e Sonae destacaram-se pela positiva.
  • Daniel Munoz/Reuters
19 Fevereiro 2019, 17h36

A Bolsa de Lisboa fechou em queda em dia de Via Bolsa. O PSI 20 fechou a cair 0,08% para 5.139,36 pontos. Ainda assim compara bem com as principais praças europeias que fecharam em terreno negativo, mas com quedas superiores.

A pesar negativamente no PSI 20 estiveram as ações da Corticeira Amorim (-1,84% para 9,590 euros; a Jerónimo Martins a deslizar 1,49% para 12,540 euros e os CTT que tombaram 1,48% para 3,072 euros.

O lucro líquido dos CTT-Correios de Portugal terá descido 13,8%, em termos homólogos, para 23,8 milhões de euros no ano passado, segundo a média dos analistas. A empresa liderada por Francisco Lacerda apresenta amanhã resultados.

De acordo com os dados divulgados no site de Investor Relations da empresa, o intervalo das previsões de sete analistas fica entre um lucro líquido de 14,3 milhões de euros e 39 milhões de euros, o que compara com um bottom line de 27,2 milhões de euros em 2017.

Em termos de receitas, a média dos analistas aponta para um total de 709 milhões de euros, face aos 714,3 milhões em 2017.

A questão dos dividendos também preocupa os investidores.

A Altri cai 0,96% para 7,210 euros; e o BCP também fechou em terreno negativo (-0,56% para 0,231 euros). O banco vai apresentar resultados na próxima quinta-feira.

Em alta destaque para as ações da Navigator que subiram 2,2% para 4,322 euros;  seguiu-se a Sonae que valorizou 1,61% para 0,914 euros. Já depois do mercado fechar, a Sonae Indústria comunicou ao mercado uma alerta aos investidores (profit warning), de que vai registar uma forte quebra nos resultados do final do ano passado devido ao reconhecimento de uma imparidade de oito milhões de euros registada por causa do encerramento da fábrica que detém em parceria com a LaminatePark na Alemanha. A “LaminatePark anunciou a intenção de encerrar, no final de 2019, as atividades da sua fábrica em Eiweiler (Alemanha)”, refere a Sonae Indústria, salientando que esta empresa resulta de “uma parceria entre a Sonae Arauco e a Tarkett para a produção e venda de pavimentos laminados de MDF/HDF”. E acrescenta: a decisão tem por base “o fraco desempenho financeiro histórico da LaminatePark, lê-se no comunicado..

O PSI teve ainda a ajuda das subidas da Semapa (+1,43% para 15,64 euros); da Pharol (+0,22% para 0,181%); e da EDP (+0,31% para 0,3270 euros).

A globalidade das praças europeias fecha em baixa nesta terça-feira, no dia em que Wall Street regressa à negociação após feriado nos EUA e em que os investidores aguardam por mais novidades da nova ronda de negociações entre os Estados Unidos e a China, que deverão arrancar hoje em Washington. A exceção foi a Alemanha. O Dax  subiu 0,09% para 11.309,2 pontos.  O superávit da balança comercial corrente da Alemanha caiu pelo terceiro ano consecutivo. O ano passado caiu para 7,4% por cento do PIB anual, face a 7,9% em 2017, diz o Ifo (instituo alemão). A UE considera um máximo de 6% para ser sustentável a longo prazo. O declínio é atribuível a dois fatores: por exemplo, o excedente nas exportações de bens para a Europa caiu porque as importações aumentaram fortemente. Além disso, a produção económica anual, incluindo a inflação, aumentou bastante em 3,4%.

No entanto, a Alemanha deve voltar a ser o país com o maior superávit em conta corrente em 2018, diz o Ifo, à semelhança dos dois anos anteriores. Com 294 mil milhões de dólares, o superavit alemão está à frente do Japão, que tem um superávit de 173 mil milhões de dólares.
A FTSE 100 fechou em terreno negativo (-0,56% para 7.179 pontos); também o CAC caiu 0,16% para 5.160 pontos; o índice de Milão caiu 0,50%  para 20.228, q9 pontos; e o IBEX fechou a perder 0,21% para 9.136,4 pontos.

O EuroStoxx 50 caiu 0,17% para 3.239,4 pontos.

“No seio empresarial de notar a boa reação às contas da Heidelbergcement, a revisão em alta que animou os títulos da Air France, a recomendação de compra recebida pela Ryanair e a recuperação da Iliad após sete semanas consecutivas de queda. A Danone até surpreendeu pela positiva no crescimento orgânico de receitas, mas desiludiu nas margens”, diz o analista do BCP.

Os analista do BPI destacam que o HSBC recuou cerca de 4%. O maior banco europeu reportou um resultado trimestral antes de imposto de 19.890 milhões de dólares e um produto bancário de 53.780 milhões de dólares. Estes números ficaram aquém dos 21.260 milhões de dólares e 54.674 milhões de dólares antecipados pelos analistas. O banco propôs a distribuição de um dividendo de 0,51 dólares por ação.

O petróleo está em queda em Londres (-0,38% para 66,25 dólares) e em alta no NYMEX (+0,76% para 56,01 dólares).

No mercado da dívida pública, os juros da Alemanha estão em queda de 0,5 pontos base para 0,105%. Os juros portugueses estão em mínimos. Hoje caíram 0,7 pontos base para 1,507%. O Negócios escrevia hoje, citando a Bloomberg que s juros portugueses a dez anos atingiram esta terça-feira, 19 de fevereiro, o valor mais baixo de sempre. Segundo a série histórica da Bloomberg, que começa em fevereiro de 1997, os juros portugueses nunca tinham estado nesse período abaixo dos 1,5%.

Os juros de Espanha caem 1,9 pontos base para 1,208% e Itália  vê os juros agravarem 2,2 pontos base para 2,788%.

O euro subiu 0,27% para 1,1342 dólares.

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