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Aquisições nos Estados Unidos por investidores chineses caíram 95% em dois anos

A aquisição de participações em empresas norte-americanas por investidores chineses caiu 95% no ano passado face a 2016, quando atingiu um máximo histórico, informou esta terça-feira o jornal de Hong Kong “South China Morning Post”.
8 Janeiro 2019, 07h48

A aquisição de participações em empresas norte-americanas por investidores chineses caiu 95% no ano passado face a 2016, quando atingiu um máximo histórico, informou esta terça-feira o jornal de Hong Kong “South China Morning Post“.chin

O jornal, que cita um estudo da empresa de análises Mergermarket, escreve que, no ano passado, o investimento chinês nos EUA fixou-se nos 3.000 milhões de dólares (2.624 milhões de euros), e atribui a queda à guerra comercial entre Washington e Pequim.

Já em 2017, o investimento chinês nos EUA fixou-se nos 8.700 milhões de dólares (7.607 milhões de euros), bem abaixo dos 55.300 milhões de dólares (48.353 milhões de euros) alcançados no ano anterior e o valor mais alto de sempre.

A queda nos EUA coincide com um aumento do investimento na Europa, onde as aquisições por entidades chinesas dispararam 81,7%, desde 2016, para 60.400 milhões de dólares (52.809 milhões de euros).

Para além das disputas comerciais, o documento aponta as crescentes restrições de Pequim às saídas de capital e o controlo cada vez mais rigoroso por parte das autoridades norte-americanas sobre o investimento chinês.

O investimento chinês depende da aprovação do Comité para o Investimento Externo dos EUA, organismo do Governo norte-americano responsável por rever aquisições por entidades estrangeiras suscetíveis de ameaçar a segurança nacional.

Desde a ascensão ao poder de Donald Trump, aquele organismo tem bloqueado vários investimentos por entidades chinesas.

Em 2018, vários grandes investimentos foram bloqueados, incluindo a oferta de 1,2 mil milhões de dólares (995 milhões de euros) pela empresa de transferências monetárias MoneyGram, pela subsidiária do grupo chinês Alibaba.

Também a compra de um fabricante de semicondutores do estado de Oregon (noroeste dos EUA) por uma empresa financiada pelo Governo chinês foi bloqueada por Trump, em setembro passado, por motivos de segurança.

O país asiático tornou-se, nos últimos anos, um dos principais investidores em Portugal, ao comprar participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto centenas de particulares chineses compraram casa em Portugal à ‘boleia’ dos vistos ‘gold’.

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