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Arábia Saudita intercepta míssil balístico lançado contra a capital

A Arábia Saudita intercetou e destruiu hoje, a nordeste de Riade, perto do aeroporto internacional, um “míssil balístico” proveniente do Iémen, em guerra, indicaram responsáveis sauditas.
  • Lucy Nicholson / Reuters
4 Novembro 2017, 22h52

Os rebeldes iemenitas Huthis, acusados de serem apoiados pelo Irão, reivindicaram o lançamento do míssil que visava o aeroporto de Riade, segundo a respetiva estação de televisão, a al-Masirah.

“Esta noite, um míssil balístico foi disparado do território iemenita para o reino” saudita, noticiou a agência de imprensa oficial saudita SPA, citando o porta-voz da coligação árabe liderada por Riade que intervém militarmente no Iémen contra os Huthis, Turli al-Maliki.

“Fragmentos dispersos deste míssil caíram numa área desabitada do aeroporto de Riade e não houve vítimas”, acrescentou, estimando que o projétil “visava zonas povoadas e civis”.

Habitantes da capital relataram ter ouvido um enorme estrondo quando o míssil foi destruído pela defesa saudita.

O aeroporto internacional King Khaled de Riade continuou a funcionar normalmente, indicou a autoridade da aviação civil.

Nas redes sociais surgem já vídeos das antiaéreas sauditas a interceptarem o míssil.

 

O Iémen, país vizinho da Arábia Saudita, está devastado por uma guerra que opõe as forças governamentais aos rebeldes Huthis, apoiados por partidários do ex-presidente iemenita que se apoderaram em setembro de 2014 da capital, Sanaa, e de grandes parcelas de território no norte do país.

Em março de 2015, o campo pró-governamental iemenita recebeu o apoio de uma coligação árabe liderada por Riade, que interveio primeiro do ar e depois no terreno.

Desde essa intervenção, zonas fronteiriças sauditas são regularmente alvo de ‘raids’ dos Huthis e disparo de projéteis.

Em julho, um míssil balístico lançado do Iémen em direção a Meca foi intercetado pelos sauditas, um mês antes da grande peregrinação muçulmana.

Um míssil balístico é um míssil cuja trajetória compreende uma fase de propulsão, uma fase balística — geralmente fora da atmosfera — e depois uma fase de queda.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o conflito no Iémen fez mais de 8.659 mortos e cerca de 58.600 feridos.

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