Os rebeldes iemenitas Huthis, acusados de serem apoiados pelo Irão, reivindicaram o lançamento do míssil que visava o aeroporto de Riade, segundo a respetiva estação de televisão, a al-Masirah.
“Esta noite, um míssil balístico foi disparado do território iemenita para o reino” saudita, noticiou a agência de imprensa oficial saudita SPA, citando o porta-voz da coligação árabe liderada por Riade que intervém militarmente no Iémen contra os Huthis, Turli al-Maliki.
“Fragmentos dispersos deste míssil caíram numa área desabitada do aeroporto de Riade e não houve vítimas”, acrescentou, estimando que o projétil “visava zonas povoadas e civis”.
Habitantes da capital relataram ter ouvido um enorme estrondo quando o míssil foi destruído pela defesa saudita.
O aeroporto internacional King Khaled de Riade continuou a funcionar normalmente, indicou a autoridade da aviação civil.
Nas redes sociais surgem já vídeos das antiaéreas sauditas a interceptarem o míssil.
Video of Saudi Air Defense interception of Iranian Burkan 2H missile fired from Yemen targeting King Khaled International Airport just now pic.twitter.com/OHiCAcx3HW
— Mohammed K. Alyahya (@7yhy) 4 de novembro de 2017
O Iémen, país vizinho da Arábia Saudita, está devastado por uma guerra que opõe as forças governamentais aos rebeldes Huthis, apoiados por partidários do ex-presidente iemenita que se apoderaram em setembro de 2014 da capital, Sanaa, e de grandes parcelas de território no norte do país.
Em março de 2015, o campo pró-governamental iemenita recebeu o apoio de uma coligação árabe liderada por Riade, que interveio primeiro do ar e depois no terreno.
Desde essa intervenção, zonas fronteiriças sauditas são regularmente alvo de ‘raids’ dos Huthis e disparo de projéteis.
Em julho, um míssil balístico lançado do Iémen em direção a Meca foi intercetado pelos sauditas, um mês antes da grande peregrinação muçulmana.
Um míssil balístico é um míssil cuja trajetória compreende uma fase de propulsão, uma fase balística — geralmente fora da atmosfera — e depois uma fase de queda.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o conflito no Iémen fez mais de 8.659 mortos e cerca de 58.600 feridos.
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