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Armando Vara: Político da banca que só admite ter recebido robalos

Os 471 quilómetros que separam a aldeia trasmontana de Lagarelhos da cidade de Évora podem ser percorridos de automóvel em pouco mais de quatro horas, aproveitando o IP2 que liga o interior norte ao interior sul de forma tão direta quanto possível e com abundantes troços de autoestrada.
19 Janeiro 2019, 13h15

Armando Vara demorou quase 65 anos até ao destino da viagem menos desejável de toda a sua vida. O natural da pequena localidade do concelho de Vinhais chegou ao endereço mais mediático da cidade alentejana poucos minutos antes das cinco da tarde desta quarta-feira, no segundo dos três dias que a juíza Marta Carvalho lhe dera para se apresentar no Estabelecimento Prisional de Évora, iniciando uma pena de cinco anos por tráfico de influências.

“Venho cumprir uma pena injusta”, disse ao chegar a Évora,  tão cabisbaixo quanto seria natural em quem iniciava o primeiro dia de cinco anos de cativeiro. “É um momento difícil”, admitiu aos jornalistas que o aguardavam e o viram transpor a porta do estabelecimento prisional. Fora condenado no Tribunal de Aveiro em setembro de 2014, no âmbito do processo ‘Face Oculta’, que deu como provado que recebeu 25 mil euros do empresário das sucatas Manuel Godinho – de quem começou por admitir ter sido presenteado com duas já célebres caixas de robalos – para convencer Mário Lino, então ministro das Obras Públicas, a afastar Ana Paula Vitorino, atual ministra do Mar e nessa altura secretária de Estado dos Transportes, e Luís Pardal, presidente do conselho de administração da Refer.

 

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