Vários manifestantes da Arménia bloquearam esta quarta-feira as ruas da capital, em protesto contra a rejeição da candidatura do líder da oposição Nikol Pachinian para o cargo de primeiro-ministro. Os manifestantes respondem ao pedido de Nikol Pachinian, que apelou à desobediência civil generalizada, defendendo que foi declarada “guerra à população”.
O líder da oposição acusa o Parlamento arménio, que chumbou a sua candidatura, de ajudar a elite dominante a manter-se no poder apesar de estar enfraquecida. Desde abril que a Arménia está mergulhada numa crise política sem precedentes: manifestações de dezenas de milhares de oponentes levaram à renúncia de Serzh Sargsyan, que acabara de ser eleito primeiro-ministro seis dias antes pelos deputados, tendo sido chefe de Estado durante dez anos.
Na capital do país, Yerevan, as principais ruas foram bloqueadas por carros e contentores de lixo. A estrada para o aeroporto internacional está bloqueada e há registo de voos que tiveram de ser cancelados devido aos protestos. A polícia tentou reprimir os protestos, mas sem sucesso. “O meu poder é o meu povo; não vamos desistir”, garantiu Nikol Pachinian.
O parlamento arménio rejeitou esta terça-feira a candidatura de Nikol Pachinian para o cargo de primeiro-ministro, horas depois de este ter prometido um “tsunami político” se não fosse eleito. Dos 100 membros que votaram, 55 foram contra e 45 a favor do líder da oposição.
A crise política na antiga república soviética está a ser acompanhada de perto pela Rússia, que teme que o país siga o mesmo caminho da Ucrânia e saia da órbita de Moscovo.
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