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“As vidas não têm prazo de validade”: António Costa reage a plano de vacinação inicial da DGS

Antes da reação do primeiro-ministro, o gabinete de Marta Temudo tinha garantido que a estratégia “ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente” e que as “informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”.
  • António Costa
27 Novembro 2020, 12h15

O primeiro-ministro português, António Costa, escreveu na rede social Twitter que “as vidas não têm prazo de validade”, em reação ao plano estratégico de vacinação da task force da Direção-Geral da Saúde.

“Há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos”, lê-se na publicação de António Costa no Twitter, onde o próprio acrescenta que “não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade”.

Desta forma, o primeiro-ministro mostra não concordar com os critérios definidos para a vacinação, cujo plano começou ontem a ser divulgado. O Ministério da Saúde já garantiu esta manhã que a estratégia “ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente” e que as “informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”.

O documento que se encontra a ser devolvido por técnicos da Direção-Geral da Saúde, Infarmed, das Forças Armadas e da Proteção Civil indicavam que o primeiro grupo a usufruir da vacina seriam as pessoas entre os 50 e os 75 anos, que apresentem patologias prévias muito graves, como insuficiência cardíaca, respiratória e renal, bem como os funcionários e utentes em lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados, da chamada primeira linha.

De acordo com os dados avançados pelo canal noticioso, o segundo grupo na linha para a vacinação são pessoas da mesma faixa etária, entre os 50 e os 75 anos de idade, mas que apresentam doenças crónicas, como cancro, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crónica.

Por enquanto, os idosos acima dos 75 anos não constam na lista divulgada porque as farmacêuticas e a Agência Europeia do Medicamento não apresentaram evidências sobre a eficácia da vacina neste grupo etário, que é o mais afetado pelos óbitos em Portugal.

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