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Ascenso Simões: “Faz sentido que seja a China Three Gorges a ocupar-se da determinação estratégica do grupo EDP”

O deputado do PS e antigo administrador da ERSE sublinha que “Portugal cometeu um erro gravíssimo ao permitir que o Estado alienasse a totalidade do capital social que detinha nesta empresa”. Por outro lado, considera que, “tendo em conta a realidade acionista da EDP, faz sentido que seja a CTG a ocupar-se da determinação estratégica do grupo EDP”.
15 Maio 2018, 15h49

Em declarações ao Jornal Económico, a propósito da Oferta Pública de Aquisição (OPA) que a China Three Gorges (CTG) lançou sobre a EDP, Ascenso Simões começa por sublinhar que “Portugal cometeu um erro gravíssimo ao permitir que o Estado alienasse a totalidade do capital social que detinha nesta empresa”.

No entanto, “a realidade de hoje é irreversível e devemos olhar para os movimentos de fusão e aquisição que se estão a verificar em muitos países”, afirma o deputado do PS e antigo administrador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“Tendo em conta a realidade acionista da EDP, faz sentido que seja a CTG a ocupar-se da determinação estratégica do grupo EDP, assumindo uma posição acionista relevante e alimentando as contingências acionista no que se refere aos direitos de voto”, considera Simões.

Questionado sobre eventuais desafios ao nível da regulação, o deputado responde que “as questões relativas à regulação foram praticamente esclarecidas no processo de privatização, não sobrando qualquer impedimento visível relativamente à circunstância de a EDP e a REN terem, aparentemente e só aparentemente, uma ligação acionista”.

Por outro lado, Simões diz que “a aceitação da OPA está limitada, numa primeira fase, pelo mercado, mais do que por qualquer outra circunstância. E numa segunda etapa pode estar dependente, na sua formatação final, pela regulação de outros países que não integram a União Europeia”.

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