Teve número de azar para o PSD, partido que elegeu o maior número de deputados sem que isso lhe permitisse governar, o que sucedeu pela primeira vez na Assembleia da República, mas a XIII Legislatura, que tem a sua última reunião plenária nesta sexta-feira, trouxe ao PS uma sorte que deu muito trabalho a alcançar. Graças aos acordos negociados, de forma separada, com o Bloco de Esquerda, o PCP e o PartidoEcologista “Os Verdes” (PEV), num entendimento alcunhado de “geringonça”, tornou-se possível derrubar o efémero XX Governo Constitucional, liderado por Passos Coelho, e aprovar o XXI Governo Constitucional, de António Costa, que contra muitas expetativas teve quatro anos sem turbulências comparáveis à demissão“irrevogável” de Paulo Portas.
Para tal contribuíram os dotes de negociador de Pedro Nuno Santos, quando o atual ministro das Infraestruturas era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, mas também um hemiciclo estabilizado – só o PSD mudou a liderança da bancada parlamentar, ao sabor de guerrilhas internas, com Fernando Negrão a substituir Hugo Soares, que por sua vez sucedera a Luís Montenegro – e em que a saída de 23 socialistas para o Governo e o afastamento de pesos-pesados do centro-direita, como Passos Coelho, Paulo Portas e José Pedro Aguiar-Branco, condicionaram a realidade do Parlamento.
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