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AstraZeneca poderá ter 200 milhões de doses a serem distribuídas ainda este ano

Responsáveis da farmacêutica garantem que haverão condições suficientes para 20 milhões de doses serem distribuídas em Inglaterra até ao final do ano, com substância suficiente para 70 milhões de doses para o Reino Unido até ao final do primeiro trimestre de 2021.
  • AstraZeneca
23 Novembro 2020, 13h15

Após as notícias que dão conta de uma eficácia superior a 70%, a AstraZeneca informa agora que espera ter 200 milhões de doses prontas a serem distribuídas ainda este ano. De acordo com as declarações da chefe de operações, citada pela “Reuters”, esta segunda-feira, Pam Cheng diz que esta capacidade pode chegar aos 700 milhões de doses até ao final de março de 2021 a nível mundial.

A responsável garante que haverão condições suficientes para 20 milhões de doses serem distribuídas em Inglaterra até ao final do ano, com substância suficiente para 70 milhões de doses para o Reino Unido até ao final do primeiro trimestre de 2021.

Além disso, a chefe de operações afirma também que estes valores se irão traduzir em quatro milhões de doses de vacinas acabadas até ao final de 2020, e 40 milhões de doses acabadas até ao final de março do próximo ano. Estes cálculos foram baseados na utilização de duas doses completas, disse, embora os dados do ensaio sugiram uma eficácia mais elevada quando a dose inicial é meia dose.

“Se aplicarmos meia dose na primeira fase, poderemos duplicar o número de vacinas disponíveis”, afirmou, acrescentando que os dados são referentes à capacidade de produção da AstraZeneca e não dos seus parceiros, dando a entender que essa capacidade poderá eventualmente ser superior.

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca mostrou ter uma média de 70% de eficácia nos ensaios clínicos de terceira fase, fazendo desta a terceira vacina pronta a ser produzida e distribuída ainda este ano.

https://jornaleconomico.pt/noticias/maior-eficacia-e-melhor-armazenamento-o-que-se-sabe-sobre-a-vacina-da-moderna-664620

Estes resultados reportam-se a dois ensaios separados com tomas diferentes. Num dos casos, a vacina foi administrada em duas doses inteiras, com um mês de intervalo. Este grupo mostrou 62% de eficácia. O outro grupo recebeu meia dose da vacina um mês antes da dose inteira, sendo que este revelou uma eficácia de 90%.

Nenhum dos pacientes sofreu efeitos secundários adversos significativos ou necessitou de hospitalização, reporta ainda a farmacêutica. Os ensaios envolveram indivíduos de todas as faixas etárias, incluindo idosos.

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