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Atlantia afunda na bolsa italiana após vice-primeiro ministro confirmar revogação de concessões de autoestradas

Matteo Salvini afirmou que o governo italiano vai “avançar com a rescisão” de todas as concessões face ao desastre ocorrido em Génova, que provocou a morte de mais de quatro dezenas de pessoas.
20 Agosto 2018, 12h42

Os títulos da concessionária italiana de autoestradas Atlantia estavam a cair 9,02%, para 17,59 euros, esta segunda-feira, 20 de agosto, pelas 12h35, após o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, confirmar que o governo vai revogar as concessões feitas à Autostrade per l’Italia, o principal ativo da holding.

A negociar numa queda de quase 10%, a Atlantia afundou para a cotação mais baixa em quatro anos. Desde a queda da ponte Morandi, em Génova, na terça-feira, 14 de agosto, as ações da concessionária já desvalorizaram quase 30%. E se for observada a performance da cotada nos últimos trinta dias, a desvalorização da empresa liderada por Giovanni Castellucci é de 30,96%.

A operadora de autoestradas romana vale, neste momento, 15,8 mil milhões de euros, aproximadamente menos um quarto do que valia antes do colapso da ponte Morandi, que matou 43 pessoas.

“A Autostrade devia ter vergonha, devia abrir os cordões à bolsa e reconstruir tudo e pagar a todas as pessoas”, afirmou no domingo, o vice-primeiro-ministro e ministro do Interior italiano, citado pelo jornal “Financial Times”.

Salvini aproveitou a ocasião para deixar claro que o executivo liderado por Giusseppe Conte vai “avançar com a rescisão” de todas as concessões face ao desastre de Génova, que provocou a morte de mais de quatro dezenas de pessoas.

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