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Aumentos de energia “põem em causa sobrevivência das PME na região de Leiria”, alerta Nerlei

A atual política de liberalização pode estar a colcoar em causa a sustentabilidade do tecido empresarial, nomeadamente dos médios consumidores de energia, que têm grande importância na criação e manutenção de emprego.
16 Outubro 2018, 07h15

Com a atual política de liberalização do setor energético como pano de fundo, a Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria, vem exigir que o Governo português avalie a sua política energética e tome medidas “que garantam preços aceitáveis e estáveis para os consumidores nacionais, sobretudo para os empresariais”.

Medidas essas que não deverão colocar em causa a sustentabilidade do tecido empresarial da região, “nomeadamente dos médios consumidores de energia, que têm grande importância na criação e manutenção de emprego”, reforça a entidade, em comunicado. Para Jorge Santos, presidente da direção, “apesar de estarmos perante um mercado ‘supostamente’ liberalizado, existem muitos factores, que contribuem para formar o preço da energia, que podem ser alvo de um olhar mais atento do Governo, assim se queira garantir a competitividade das empresas”.

Recordando que “apesar da ‘dita’ liberalização do setor ter sido feita com a ‘promessa’ de vir baixar os custos da energia elétrica”, chama ainda a atenção para o facto “de ser recorrente verificarem-se aumentos, tendo havido, no passado recente, um aumento por via dos custos do acesso às redes, e agora pelo aumento do custo da energia, propriamente dita”.

Numa consulta feita aos associados, a tendência de subida dos preços é real e chega a atingir os 35%. Diante deste cenário, a associação vem sublinhar que esta realidade, “está a pôr em causa a capacidade exportadora das empresas, comprometendo a sustentabilidade dos negócios e até a sobrevivência de algumas empresas, que se veem obrigadas a competir nos mercados com congéneres europeias que beneficiam de preços da energia muito mais vantajosos”.

 

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