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Ausência de estratégia na sucessão ameaça negócios familiares

Segundo o relatório “The Role of Governance in Family Business Leadership Succession”, grande parte das empresas familiares enfrentam desafios no planeamento da sucessão de liderança.
17 Abril 2018, 07h35

A ausência de estratégia para lidar com a sucessão de liderança é uma das maiores ameaças à sobrevivência dos negócios familiares, segundo o relatório “The Role of Governance in Family Business Leadership Succession”, elaborado pela consultora Boyden.

A análise, que reúne as opiniões de sócios da consultora, gestores e especialistas em governance, concluiu que as características, a composição e a dimensão de um conselho de administração com membros independentes nestas empresas devem ser equacionados “cuidadosamente”. A integração de independentes permite à gestão “manter um foco na visão e metas definidas para a empresa”, de acordo com os peritos inquiridos.

As empresas familiares correspondem entre 70% a 80% do tecido empresarial nacional e são responsáveis por 50% das ofertas de emprego e de 60% do Produto Interno Bruto dos países em que se inserem. Na perspetiva de Nuno Freitas, da Boyden Global Executive Search Portugal, “apesar de várias empresas de cariz familiar oferecerem condições salariais e outras contrapartidas atrativas, muitas enfrentam desafios relevantes no momento de planear a sucessão da sua liderança”.

“Embora as empresas familiares ofereçam substanciais benefícios económicos e sociais ao nível local, nacional e até mesmo global, muitas enfrentam desafios significativos no planeamento da sucessão de liderança. Com os fundadores e líderes relutantes em renunciar ao controlo dos negócios e às gerações subsequentes incapazes ou não dispostas a assumir a responsabilidade, a transferência de poder torna-se controversa”, assinala o estudo, concluindo que as empresas ficam, assim, “expostas a brechas e feridas” e com a marca, a longevidade e o legado afetados.

Dicas para o sucesso de um negócio familiar

  • Alinhamento familiar
  • Atender às necessidades atuais e emergentes
  • Criar um portfólio coeso
  • Números e rácios de diretores independentes

Fonte: Boyden

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