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Austrália vai pagar 47 milhões de euros para indemnizar refugiados detidos em campo ilegal

“Vim para a Austrália à procura de paz, mas fui transferido para Manus, o que foi um inferno”, disse um dos refugiados em questão.
15 Junho 2017, 11h46

O governo australiano vai pagar uma compensação de 70 milhões de dólares australianos (cerca de 47 milhões de euros) a quase dois mil refugiados e requerentes de asilo, que alegam ter sido mal maltratados enquanto se encontravam em campos na ilha Manus, na Papua Nova Guiné, escreve o Financial Times.

O pagamento faz parte de um acordo legal alcançado na quarta-feira, depois de advogados dos direitos humanos terem defendido os refugiados. Os migrantes chegaram à Austrália de barco para pedir asilo, mas foram transferidos para as ilhas remotas do Pacífico.

Canberra concordou em pagar uma compensação para evitar o custo de um possível julgamento, mas negou a responsabilidade, no que os advogados dizem ser um dos maiores acordos de ação coletiva relacionados aos direitos humanos na Austrália até à data.

“Este acordo é um passo importante no sentido de reconhecer as condições extremamente hostis que os detidos sofreram na ilha Manus”, disse Andrew Baker, advogado da firma que representou os refugiados, citado pelo FT.

Majid Karami Kamasaee, um dos refugiados do caso afirmou ter sido submetido a tratamento “cruel” e “degradante” pelo governo australiano.

“Vim para a Austrália à procura de paz, mas fui transferido para Manus, o que foi um inferno”, disse em comunicado lido pelo seu advogado.

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