Se quisermos fazer o terrorismo recuar, teremos de sacrificar alguns dos direitos individuais que as sociedades democráticas ocidentais nos outorgaram e que, durante muito tempo, tivemos como dados absolutamente adquiridos.
Vivemos numa ordem internacional onde o poder continua a ter horror ao vazio e o recuo norte-americano, a par da impotência europeia, criarão as condições ideais para o reforço e a emergência do poder russo em partes cada vez mais distantes do globo.
Doravante, qualquer líder europeu vai pensar muito antes de convocar novos referendos e dar a palavra aos eleitores. O que não deixa de ser uma aberração, ou não fossem os referendos os instrumentos por excelência da democracia direta.