Um estudo do grupo Manpower efetuado junto de 19 mil empregadores de 44 países, incluindo Portugal, revela que 87% das empresas pretende manter ou aumentar o número de colaboradores como resultado da automação. Há três anos eram 83%, o que significa que o número de organizações que revela intenções de contratar devido ao impacto da tecnologia, já de si elevado, continua a crescer.
Pelo contrário, a proporção de empresas mundiais que prevê diminuir a força de trabalho caiu de 12% para 9%.
O estudo “Humans Wanted: Robots Need You” do ManpowerGroup conclui também que as empresas em processo de digitalização estão a crescer mais rapidamente e a criar mais e novas profissões dentro da organização. No concreto, 24% esperam criar mais empregos nos próximos dois anos, 6% mais do que aquelas que não têm intenções de automatizar parte dos processos.
A escassez de talento atingiu o nível mais alto dos últimos 12 anos, com 38% das organizações a apontar dificuldades em desenvolver as capacidades técnicas dos colaboradores e 43% a considerar que é ainda mais difícil ensinar as chamadas “soft skills” que precisam, como pensamento analítico e comunicação.
Até 2030 estima-se um aumento de 22% na procura por capacidades humanas, sociais e emocionais em todos os setores nos países europeus. Neste sentido, diz o Manpower, “os candidatos que demonstrem capacidades cognitivas mais elevadas, criatividade e capacidade de processar informações complexas, juntamente com adaptabilidade e empatia, podem ser mais bem sucedidos nas suas carreiras profissionais”.
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