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Autoridade Tributária abre inquérito sobre viagem à China alegadamente paga pela Huawei

A Autoridade Tributária está a conduzir um inquérito sobre as circunstâncias que levaram destacados funcionários do Estado a aceitar uma viagem à China alegadamente paga pela empresa Huawei, apurou a Agência Lusa. Entretanto a Huawei negou ter pago a viagem.
26 Agosto 2017, 13h00

A Autoridade Tributária (AT) está a conduzir um inquérito sobre as circunstâncias que levaram destacados funcionários do Estado a aceitar uma viagem à China paga pela empresa Huawei, disse hoje à Agência Lusa fonte do Ministério das Finanças. A notícia foi avançada pelo jornal “Expresso”, segundo o qual a multinacional pagou os custos das viagens de avião e da estada na China a seis funcionários dos ministérios da Saúde e das Finanças, em 2015. Entretanto o mesmo jornal corrigiu essa informação, referindo que as despesas terão sido suportadas por uma “empresa parceira” da Huawei.

Contactada pela Lusa, fonte do Ministério das Finanças indicou que a AT está a conduzir o inquérito para “verificação das circunstâncias que levaram à autorização e aceitação da viagem em questão”. De acordo com o “Expresso”, uma viagem realizou-se entre 2 e 6 e de junho de 2015, envolvendo cinco dirigentes do Ministério da Saúde. Em fevereiro do mesmo ano, outro destacado funcionário do Estado, Carlos Santos, da AT, viajou para a China “com tudo pago”. O jornal cita uma fonte ligada ao processo, dizendo que a empresa de telecomunicações pagou “tudo, mesmo tudo”, incluindo a alimentação.

A viagem incluiu uma visita ao Hospital de Zheng Zhou para observar como funciona o sistema de telemedicina da unidade e outra à sede da tecnológica em Shenzhen, perto de Hong Kong. “Os altos quadros dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) que viajaram a convite são Artur Trindade Mimoso, vogal executivo do conselho de administração, Nuno Lucas, diretor de sistemas de informação, Ana Maurício, diretora de comunicação, Rui Gomes, diretor de sistemas de informação e Rute Belchior, diretora de compras”, lê-se no artigo do “Expresso”.

Atualização (28/08/2017):
Entretanto a Huawei negou ter pago a viagem em causa. Fonte oficial da empresa garantiu ao “Jornal Económico” que “não foi paga nenhuma viagem” aos dirigentes referidos no artigo do “Expresso”, nem mesmo por uma “empresa parceira”.

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