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Avaria em máquina de gelo pode causar prejuízo de mais de 100 contos a pescadores e peixeiras na Furna

A Câmara Municipal da Brava confirmou que a peça avariada não existe e que nem o conserto é “possível” na ilha Brava. O autarca Francisco Tavaresa adiantou estão a encetar contactos com o empresas na ilha de Santiago ou em São Vicente.
17 Setembro 2018, 15h32

Peixeiras e pescadores da zona de Furna reclamam da inactividade da unidade de produção de gelo, que pode causar prejuízos avaliados em “mais de 100 mil escudos”, por não terem onde conservar dois botes de peixes.

O peixe que nestes dias quase não havia “nem para um remédio”, tanta era a escassez, apareceu no final da tarde de domingo em abundância, e, no início da noite, dezenas de pessoas dirigiram-se ao cais da Furna para testemunharem a “grande quantidade” de peixes trazida por dois botes.

Mas, além da alegria, uma certa preocupação tomou conta dos proprietários dos botes e das peixeiras, relacionada com a conservação do produto.

Conforme uma peixeira, a máquina de gelo está danificada já há alguns dias e não têm como conservarem o peixe, pois, além das arcas caseiras serem “pequenas” para a quantidade de peixe, a luz eléctrica “não está de confiança”.

“Já pedimos apoio em algumas casas para colocar alguma parte do peixe, mas nem luz temos hoje. Fomos falar com o pessoal da Electra para ligar a luz e disseram-nos que não dá, devido às avarias, onde cada dia, uma zona fica sem luz”, contou Carla Baptista, revolteada.

Esta fonte lamentou a perda, porque ela é uma “beneficiária” do Programa Oportunidades (POSER), e é através da pesca e da venda dos peixes que ela consegue a quantia que tem de pagar todos os meses.

“O mar já tem algum tempo que não estava dando grandes lucros. Hoje, já encontrei esta grande quantidade de peixe, mas mesmo assim não vou ganhar, porque não tenho como conservá-la. A solução é dar ‘móia’ dos peixes”, salientou a proprietária.

Ante aos relatos, a Inforpress contactou a Câmara Municipal da Brava, que confirmou da máquina de gelo e que a peça avariada não existe, e nem o conserto é “possível” na ilha Brava.

Sendo assim, conforme explicou o autarca Francisco Tavares, estão a encetar contactos com o empresas na ilha de Santiago ou em São Vicente para ver “se é possível arranjar a peça e de seguida o conserto da máquina”.

Este dirigente adiantou também que o que aconteceu hoje é uma “coincidência e são casos muito pontuais”, porque, muitas vezes, “produz-se gelo, e não há peixe, com a câmara municipal a subsidiar a produção do mesmo em cerca de 40%, fica com um prejuízo maior”.

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