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Aviões elétricos já cruzam céus dos Estados Unidos

O avião ‘Alice’ é um dos modelos elétricos ainda em fase de projeto, mas a capacidade de nove passageiros e alcance de 650 milhas (1.046 quilómetros) com uma única carga
19 Junho 2019, 13h49

A empresa de aviões elétricos Eviation Aircraft, que acaba de assinar com o seu primeiro cliente, prevê que dentro de alguns anos poderá não conseguir acompanhar os pedidos dos aviões, noticiou esta terça-feira a ‘Bloomberg‘.

“Nós teremos uma questão de fornecimento, não uma questão de procura”, disse Omer Bar-Yohay, fundador da empresa, em entrevista no Paris Air Show. O fundador da empresa revelou que a companhia aérea norte-americana Cape Air concordou em comprar um número de aviões “de dois dígitos”.

Atualmente, a transportadora norte-americana voa cerca de 88 Cessna turbo-propulsores para locais como Boston e Nova Iorque.

Quando estava a exibir o protótipo da aeronave, a Eviation assumiu que estava a conversar com todos os interessados em vendas futuras. Entre os potenciais clientes encontram-se os principais operadores dos Estados Unidos da América, como a United Continental Holdings e a JetBlue Airways Corp, que, segundo o fundador, estão interessados nos aviões para alimentar os hubs.

O avião em questão, ‘Alice’, é um dos modelos elétricos ainda em fase de projeto, mas a capacidade de nove passageiros e alcance de 650 milhas (1.046 quilómetros) com uma única carga, o que pode dar uma vantagem no mercado aéreo de passageiros.

O interesse nos aviões elétricos está a crescer, enquanto a indústria da aviação é criticada por estar a aumentar as emissões de gases de efeito estufa para o planeta. A Eviation está a planear um primeiro voo no fim deste ano, nos Estados Unidos, seguindo-se a produção das aeronaves no Arizona e Washington em 2021.

“Estamos um pouco à frente da matilha, mas não tenho dúvidas de que os outros estão a chegar”, afirmou Bar-Yohay, acrescentando que assumir um cliente como a Cape Air irá implicar o desenvolvimento de infraestrutura de cobrança e manutenção.

“Os obstáculos não são apenas para levar o avião para fora da porta, mas tudo mais o que os acompanha”, sustentou. “Precisamos de um ambiente para apoiar o avião estamos a treinar engenheiros e mecânicos”.

A Eviation garantiu que o ‘Alice’ faz sentido do ponto de vista económico. Os custos de operação do ‘Alice’ estão fixado em 200 dólares por cada hora de voo, enquanto as turbinas dos aviões regulares custam 1.000 dólares. Apesar desta aeronave ser mais lenta do que as convencionais, a empresa admite que não fica longe dos modelos de turbo-propulsor.

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