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Balança de pagamentos vê excedente de novembro cair para os cinco milhões de euros

O excedente de 1.783 milhões de euros verificado em igual período do ano passado esfumou-se, dando lugar a uma situação de quase equilíbrio. As exportações e importações continuam muito abaixo do que se verificava há um ano.
20 Janeiro 2021, 11h52

A balança de pagamentos nacional fechou novembro de 2020 perto do equilíbrio, registando um ligeiro excedente de cinco milhões de euros, conforme reporta o Banco de Portugal (BdP) esta quarta-feira. O resultado compara com o verificado em igual período do ano passado, quando o excedente português foi de 1.783 milhões de euros.

Este valor resulta de um quase anulamento entre os excedentes verificados nas balanças de serviços, rendimento secundário e de capital e os défices da balança de bens e de rendimento primário, esclarece o BdP.

As exportações e importações de bens e serviços registaram diminuições consideráveis até novembro. No caso das exportações, estas contraíram 20,9%, divididos entre 9,9% nos bens e 39,1% nos serviços, enquanto que as importações reduziram 16,8%, 14,9% no caso dos bens e 24,7% nos serviços.

Assim, o défice da balança de bens caiu 5 mil milhões de euros em relação ao período homólogo, fixando-se nos 10.341 milhões de euros, e o excedente da balança de serviços passou para 7.586 milhões de euros, o que significa uma redução de 8.727 milhões. O BdP explica que esta diminuição se deveu sobretudo ao decréscimo na rubrica de viagens e turismos, que contraiu 7.610 milhões de euros.

A balança de rendimento primário também viu o seu défice recuar, caindo 1.946 milhões até novembro para os 2.657 milhões de euros no final de novembro. Esta diminuição explica-se pela redução do pagamento de rendimentos de investimento a entidades não residentes. Por outro lado, o crescimento das transferências correntes levou ao decréscimo de 242 milhões de euros do excedente da balança de rendimento secundário.

Já a balança de capital verificou uma expansão do seu saldo, que cresceu 244 milhões de euros fruto do aumento da entrada de dinheiro comunitário.

Finalmente, a balança financeira verificou um aumento dos ativos líquidos fora de Portugal face ao exterior de 641 milhões de euros, um resultado que surge, por um lado, pelo aumento de ativos nos bancos nacionais, sobretudo títulos de dívida de outros Estados-membros da União, e por outro lado pela redução do passivo através da diminuição de depósitos por não residentes.

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